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Donald Trump não esperou muito. Com o cessar-fogo em Gaza praticamente consolidado e os últimos reféns israelitas libertados, o presidente dos Estados Unidos voltou-se para a sua próxima missão — a Ucrânia. “

Vamos concentrar-nos primeiro na Rússia”, declarou durante o discurso no parlamento israelita, na segunda-feira.

Depois de meses de negociações que culminaram no fim da guerra em Gaza, Trump quer repetir o feito e forçar o Kremlin a parar.

“Quando a paz é alcançada numa parte do mundo, traz esperança para outras”, disse Volodymyr Zelensky, através da rede social X, relativamente à possibilidade de Washington mediar uma trégua em solo europeu.

No entanto, o caminho pode ser muito diferente do cenário no Médio Oriente. Moscovo tem recusado sistematicamente qualquer contacto direto com Kiev, aceitando apenas uma reunião a sós entre Trump e Vladimir Putin, que aconteceu em agosto, no Alasca.

“Até o Hamas mostra vontade de negociar, mas não Putin", disse Zelensky.

Ainda assim, há esperança em Kiev. A reunião marcada para sexta-feira na Casa Branca, a quinta desde que Trump regressou ao cargo, poderá definir uma nova fase na guerra.

Em cima da mesa estarão os pedidos insistentes da Ucrânia por defesa aérea reforçada e armas de longo alcance, incluindo os controversos mísseis Tomahawk. A sua eventual entrega seria um ponto de viragem — com um alcance de mais de 1.500 quilómetros, poderiam atingir Moscovo, o que já provocou reações alarmadas na Rússia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que "o tema dos Tomahawks é de extrema preocupação" para Moscovo.

Durante o voo de regresso de Israel, Trump deixou escapar outro detalhe sobre a sua estratégia — quer envolver o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, no processo de mediação.

O líder norte-americano parece apostar num novo eixo diplomático, uma aliança improvável entre Washington e Ancara, para tentar o impossível — pôr fim a mais de três anos de guerra no coração da Europa.

Enquanto isso, o conflito continua a fazer vítimas. Na terça-feira, Kharkiv voltou a ser bombardeada. Três explosões atingiram um hospital, ferindo quatro pessoas e deixando 30 mil sem eletricidade.

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