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O sistema foi criado pelos investigadores da NOVA Information Management School (NOVA IMS) e da Universidade do Algarve (UAlg), com base numa amostra de 330 doentes internados no Centro Hospitalar Universitário do Algarve entre 2016 e 2018. A análise foi feita logo após as primeiras horas após o internamento, permitindo acompanhar a evolução do diagnóstico.
Para este estudo, foram tidos em conta 24 fatores de risco, desde indicadores clínicos objetivos até variáveis relacionadas com o historial de saúde dos pacientes, de acordo com o comunicado.
O grau de gravidade do AVC, a frequência respiratória, a glicemia, os níveis de hemoglobina, a idade e o estado de consciência foram os principais fatores tidos em conta. A Inteligência Artificial serviu de recurso na articulação de todas estas componentes, ao combinar "múltiplas árvores de decisão para identificar padrões difíceis de detetar apenas com análise humana", explicam em comunicado.
"Além da elevada precisão, a ferramenta permite aos médicos perceber exatamente quais os fatores que estão a influenciar cada previsão, o que torna a decisão
clínica mais rápida, fundamentada e transparente", acrescentam.
O novo método representa um passo na resolução de casos graves de AVC, adaptada às necessidades de cada doente, tornando o diagnóstico mais rápido e previsível.
“Este modelo pode ser adaptado a outras condições críticas, como infeções hospitalares ou risco de readmissão, contribuindo para uma gestão mais eficiente e uma medicina mais humana”, sublinha a equipa de investigação.
Uma medicina mais humana é também, para os académicos, uma medicina preditiva e personalizada, que se serve do apoio da tecnologia para antecipar riscos, reduzir complicações e apoiar decisões em tempo real.
Em comunicado, os autores destacam ainda a importância da colaboração entre hospitais e instituições académicas, que promovam estudos semelhantes e criem bases de dados clínicas estruturadas e de fácil acesso para acelerar a inovação em saúde.
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