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Dois anos após a criação do apoio extraordinário à renda, milhares de arrendatários ainda não receberam o subsídio ou viram-no suspenso sem qualquer explicação, avança o Público.
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) tinha prometido regularizar os pagamentos em atraso até outubro, mas as falhas persistem.
Os números oficiais divergem — enquanto o IHRU indica que mais de 134 mil inquilinos recebem o apoio e cerca de 43 mil apresentam “incongruências” nos dados, o presidente do instituto admitiu depois 180 mil beneficiários, dos quais 45 mil têm pagamentos suspensos. Há ainda casos de pessoas elegíveis desde 2023 que nunca receberam qualquer montante.
O programa destina-se a apoiar arrendatários com rendimentos até ao sexto escalão de IRS e taxas de esforço superiores a 35%. A atribuição automática, que pretendia simplificar o processo, tem provocado bloqueios — pequenas divergências nos dados, rendimentos, recibos ou registo de contratos, levam à suspensão imediata do apoio, sem aviso ou justificação.
Com prazos falhados e a falta de respostas do IHRU, multiplicam-se denúncias de famílias com rendas por pagar e de beneficiários à espera dos retroativos prometidos.
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