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O número de pessoas com seguros em Portugal aumentou 3,6%, totalizando quatro milhões de beneficiários em 2024, segundo os dados divulgados pelo Observatório dos Seguros de Saúde, uma plataforma da ASF – Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, números esses que podem ser explicados pelas recentes polémicas no SNS e os constrangimentos sentidos pelos cidadãos no acesso ao mesmo.
Segundo a ASF, "em 2024, os prémios brutos emitidos no ramo Doença atingiram 1,7 mil milhões de euros - 830 milhões de euros correspondentes a apólices individuais e 870 milhões a apólices de grupo -, o que representa um crescimento de 18,9% face ao ano anterior - 16,9% nas apólices individuais e 21,0% nas apólices de grupo).
"Este aumento expressivo, o maior dos últimos anos, confirma a crescente relevância dos seguros de saúde no sistema de financiamento da saúde e na carteira dos ramos Não Vida, preenchendo assim a sua função social, uma vez que a oferta do setor segurador deve vir ao encontro das necessidades da população em cada momento", afirmou Eduardo Pereira, diretor do departamento de Supervisão Comportamental da ASF.
O aumento de pessoas a recorrerem a seguros de saúde não aumentou apenas em 2024, de acordo com o Observatório, "o ramo Doença tem vindo a ganhar peso no setor segurador: nos últimos cinco anos, a quota de mercado aumentou 4,6 pontos percentuais, alcançando os 22,7% em 2024. A sua importância pode também ser ilustrada pelo facto de, se considerarmos os ramos de seguros Não Vida isoladamente, e apesar de não constituir um seguro obrigatório, os seguros de saúde corresponderem ao segmento de negócio com maior produção".
Um aspeto que pode ajudar também a explicar este crescimento, que não os ligados aos problemas no SNS, poderá ser o facto do mercado apresentar "sinais de maior diversificação, com uma diminuição da concentração nos principais seguradores".
"Em 2024, os três maiores seguradores no ramo representavam 68,5% do total de prémios brutos emitidos (PBE), contra 73,1% em 2020. Esta tendência é mais acentuada nas apólices individuais, cuja concentração caiu 6,2 pontos percentuais no mesmo período".
Por sua vez o prémio médio por pessoa segura subiu 14,8%, situando-se agora nos 417,84 euros, concretammente 423,61 euros (+10,3%) nas apólices individuais e 412,45 euros (+19,3%) nas de grupo.
Eis os dados:
- O número de pessoas seguras aumentou 3,6%, totalizando 4 milhões de beneficiários em 2024;
- Número de pessoas seguras em apólices individuais: +6,0%;
- Número de pessoas seguras em apólices de grupo: +1,4%;
- Por seu lado, o prémio médio por pessoa segura subiu 14,8%, situando-se em 417,84 euros:
- Prémio médio por pessoa segura em apólices individuais: 423,61 € (+10,3%);
- Prémio médio por pessoa segura em apólices de grupo: 412,45 € (+19,3%).
Reclamações reduziram:
- 3.980 reclamações analisadas pelos seguradores (-17,4% face a 2023);
- 131 reclamações analisadas pela ASF, o que representa uma redução de 8,4%
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