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Em comunicado, o partido explica que “este já é um dos piores anos de incêndios em Portugal e Ecossistemas que demoraram anos a desenvolverem são simplesmente dizimados de um momento para o outro. A falta de uma visão estruturada no combate aos incêndios têm resultado num verdadeiro desastre para o país, para a floresta e para todos os seus habitantes: as populações que perderam os seus bens e as suas culturas, mas também para os animais, em especial os selvagens, que todos os anos morrem em número incalculável e que ficam os, com os seus habitats naturais devastados e sem abrigo e alimento, com muitas espécies ameaçadas incluindo o corso no PNPG ou o lobo ibérico, que é estritamente protegido em Portugal”, adverte a porta-voz do partido, Inês de Sousa Real.

Assim sendo, o PAN propõe ao Governo que "atue e garanta que é assegurada a alimentação e abeberamento dos animais selvagens que viram os seus habitats naturais destruídos, bem como o apoio financeiro para a prestação de cuidados médico-veterinários e alimentação aos restantes animais afetados, de companhia ou independentemente da finalidade com que são detidos, uma vez que as populações afetadas não vão ter capacidade por si só para o fazer".

O PAN também propõe o aumento de verbas dos centros de recuperação de animais selvagens e associações de proteção animal, "assegurando apoio financeiro para a alimentação e prestação de cuidados médico-veterinários nas áreas ardidas, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, associações e organizações não governamentais de ambiente".

O PAN recomenda ainda, através de um Projeto de Resolução, que "seja interditada temporariamente a caça e toda a atividade cinegética nas áreas ardidas e circundantes para permitir a recuperação da fauna e dos seus habitats naturais após os violentos incêndios florestais deste ano".

“Com isto, é urgente garantir a suspensão temporariamente a caça nas áreas afetadas pelos incêndios florestais, garantindo às espécies selvagens tempo para se regenerarem e para que as cadeias ecológicas voltem a funcionar de forma natural. Apenas com um compromisso sério em respeitar o tempo da natureza é que permitiremos que as espécies se reestabeleçam e os ecossistemas se regenerem após as catástrofes que enfrentamos, decorrentes dos incêndios e dos fenómenos climáticos extremos que têm tendência a agravar, exigindo tempo e respostas claras assim que as chamas se apaguem”, explica a líder do PAN.