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“O ataque a instalações nucleares no Irão representa uma séria ameaça à segurança e à paz no Médio Oriente e expõe a estabilidade regional a graves riscos”, disse o porta-voz do Governo iraquiano, Basem al-Auadi, à agência noticiosa oficial iraquiana INA.
O responsável afirma que “as grandes potências e as organizações internacionais devem evitar novas crises no mundo, e não provocá-las”.
“O Iraque sublinha que as soluções militares não podem substituir o diálogo e a diplomacia”, acrescentou, apelando para a “calma imediata e à abertura urgente de canais diplomáticos para conter a situação”.
A Arábia Saudita também admitiu “preocupação” com o ataque dos Estados Unidos numa declaração partilhada nas redes sociais pelo seu Ministério dos Negócios Estrangeiros, na qual apelou para a “contenção, ao desanuviamento e à prevenção da escalada”.
A Arábia Sáudita considera que a comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para chegar a uma solução política nestas circunstâncias extremamente delicadas.
O Presidente do Líbano, Joseph Aoun, rejeitou em comunicado um novo conflito na zona e advertiu que o bombardeamento das instalações nucleares iranianas “ameaça a segurança e a estabilidade” na região, apelando para “negociações construtivas” para “evitar mais morte e destruição”.
"O Líbano, os seus dirigentes, partidos e povo reconhecem hoje, mais do que nunca, que pagou um preço elevado pelas guerras que eclodiram no seu território e na região. Não está disposto a pagar mais e não há qualquer interesse nacional em fazê-lo, tanto mais que o custo destas guerras excedeu e excederá a sua capacidade de suportar", afirmou, referindo-se à situação no país na sequência do conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Omã condenou também a “agressão ilegal e exigiu um desanuviamento imediato e completo”, recordando que a Carta das Nações Unidas proíbe a violação da soberania nacional dos Estados e o seu direito legítimo de desenvolver os seus programas nucleares pacíficos, que estão sujeitos à supervisão e ao controlo da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA).
“As Convenções de Genebra proíbem ataques a instalações nucleares devido aos riscos de contaminação e radiação”, acrescentou.
O Qatar insistiu igualmente na "necessidade de suspender todas as operações militares e de retomar imediatamente as negociações e os canais diplomáticos para resolver as questões pendentes".
"A atual tensão perigosa na região terá repercussões regionais e internacionais desastrosas", advertiu, manifestando "total apoio" aos esforços para resolver a crise.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou que “não foi registado” até ao momento “qualquer aumento dos níveis de radiação fora das três instalações nucleares atacadas pelos Estados Unidos em solo iraniano".
O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou no sábado que os Estados Unidos atingiram "com sucesso" três instalações nucleares iranianas, os primeiros bombardeamentos norte-americanos a ocorrerem no meio do conflito entre Israel e o Irão.
"Concluímos com muito sucesso o nosso ataque contra as três instalações nucleares do Irão, incluindo Fordó, Natanz e Isfahan", disse o Donald Trump, na rede social Truth.
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