"Temos total confiança no rigor e exactidão das nossas informações", garantiu, em comunicado, um porta-voz do Wall Street Journal, adiantando que o grupo vai "defender-se vigorosamente contra qualquer acção judicial". O comunicado surge na sequência do anúncio de uma ação judicial por difamação interposta por Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos apresentou esta sexta-feira uma ação judicial contra o Wall Street Journal, os seus proprietários - incluindo Rupert Murdoch - e dois dos seus jornalistas, exigindo 10 mil milhões de dólares.

Em causa está um artigo do jornal que associa Trump ao envio de uma carta de felicitações ao multimilionário Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e que morreu em prisão preventiva em 2019.

Segundo o processo, apresentado num tribunal federal de Miami, Trump afirma ter sofrido “danos financeiros e reputacionais avassaladores”.

Podem os ficheiros Epstein ser uma ruptura entre Trump e os americanos?
Podem os ficheiros Epstein ser uma ruptura entre Trump e os americanos?
Ver artigo

“Acabámos de apresentar um PROCESSO ARRASADOR contra todos os envolvidos na publicação do artigo falso, malicioso, difamatório e FAKE NEWS nesse ‘pasquim inútil’ que é o Wall Street Journal”, escreveu Trump na sua plataforma Truth Social.

O nome de Trump já foi anteriormente associado a Jeffrey Epstein, embora o presidente tenha negado qualquer relação próxima com o multimilionário.

Segundo a Reuters, uma indemnização de 10 mil milhões de dólares ultrapassaria largamente as maiores decisões e acordos por difamação das últimas décadas. Entre os casos mais mediáticos estão a condenação de 1,5 mil milhões de dólares contra o teórico da conspiração Alex Jones.