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Na quinta-feira de manhã, a Proteção Civil de Lisboa informava, em conferência de imprensa, que dois dos feridos do descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa, não tinham resistido aos ferimentos durante a noite, o que elevava o número de mortos de 15 para 17. Mais tarde, seria o primeiro-ministro em conferência de imprensa a retificar que eram, na realidade, 16.

Esta informação foi confirmada pela Proteção Civil minutos depois: "Com base nas fontes disponíveis, foi informado o falecimento de duas vítimas, durante esta noite, nos hospitais. Esta informação não está correta, tendo-se apurado uma duplicação de um registo, pelo que se corrige e esclarece que faleceu uma pessoa esta noite no Hospital de São José, havendo assim a lamentar 16 vítimas mortais, e não 17 como informado esta manhã", refere uma nota da responsável pela Proteção Civil de Lisboa.

Margarida Castro Martins, Diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil em Lisboa, que tinha sido a porta-voz na conferência de imprensa da manhã, lamentou ela própria o lapso.

Proteção Civil de Lisboa corrige número de vítimas mortais para 16
Proteção Civil de Lisboa corrige número de vítimas mortais para 16
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Já esta manhã, soube-se que o pai da criança de três anos que foi resgatada dos destroços do Elevador da Glória foi encontrado com vida, depois de anunciado como vítima mortal, segundo confirmou a Polícia Judiciária, em comunicado.

O homem alemão será assim um dos feridos internados no hospital de São José, avança a CNN Portugal.

Após receberem a notícia da morte do pai da criança, os familiares vindos de Hamburgo deslocaram-se ainda ontem ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses à procura do corpo. No entanto, ao chegarem, não conseguiram identificá-lo entre os corpos que são visualmente identificáveis.

A família alemã mostrou a fotografia do familiar a um polícia da PSP, que a conduziu ao Hospital de São José, onde se encontrava um ferido ainda não identificado — tratava-se do pai da criança.

Tendo em conta estes lapsos de comunicação, ou informações erradas feitas públicas, o 24notícias questionou as autoridades competentes sobre quem responde pela informação e porque é que ela chegou aos jornalistas de forma errada?

Depois de vários telefonemas com diferentes entidades sobre as falhas de comunicação, a Polícia Judiciária informou que responde sobre a comunicação com familiares e a embaixadas, e remete os jornalistas para os comunicados já emitidos sobre o tema das vítimas do Elevador da Glória ou para as conferências de imprensa. Já a Proteção Civil remete explicações para a Polícia Judiciária. Por último, os hospitais referem que comunicações e explicações deste tipo, nomeadamente sobre identificação das vítimas, não são da sua competência.

Recorda-se que, neste momento, com base na identificação científica realizada em colaboração com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, foi possível identificar as nacionalidades das 16 vítimas mortais do trágico acidente no Elevador da Glória: cinco portugueses, três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadianos, um suíço, um ucraniano, um americano e um francês.