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Maria Farmer diz ter mencionado o nome de Trump pela primeira vez após um encontro perturbador em 1995, no escritório de Epstein, onde Trump terá aparecido inesperadamente e se terá comportado de forma invasiva. Segundo a prórpia, Trump olhou fixamente para as suas pernas e comentou que pensava que ela tinha 16 anos. Apesar de não ter presenciado qualquer outro comportamento inapropriado por parte dele, essa situação foi suficiente para que alertasse as autoridades tanto em 1996 como numa reentrevista com o FBI em 2006, diz o The Guardian.

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Estas revelações lançam luz sobre a possibilidade de o nome de Trump constar em ficheiros confidenciais do caso Epstein, o que poderá ter implicações políticas delicadas, especialmente numa altura em que o ex-presidente enfrenta pressão para divulgar esses documentos. Apesar disso, Trump nunca foi acusado de qualquer crime relacionado com Epstein, nem é alvo de investigação nesse âmbito.

A Casa Branca de Trump reagiu com dureza às alegações, desvalorizando-as como tentativas desesperadas dos media para o associar a Epstein. A equipa de comunicação recordou que Trump expulsou Epstein do seu clube Mar-a-Lago por mau comportamento, rejeitando qualquer ligação relevante entre os dois. Ainda assim, em 2002, Trump elogiou Epstein publicamente, dizendo que era um “tipo porreiro”, e ambos foram filmados em festas em Nova Iorque. Em 2019, após a morte de Epstein na prisão, Trump afirmou não ser fã do milionário e que cortara relações com ele muitos anos antes.

Associações de apoio especializado à vítima de violência sexual:

Quebrar o Silêncio (apoio para homens e rapazes vítimas de abusos sexuais)
910 846 589
apoio@quebrarosilencio.pt

Associação de Mulheres Contra a Violência - AMCV
213 802 165
ca@amcv.org.pt

Emancipação, Igualdade e Recuperação - EIR UMAR
914 736 078
eir.centro@gmail.com

Farmer, que trabalhava para Epstein nos anos 90, refere ainda que, à época, ficou sem saber o que aconteceu às denúncias que apresentou ao FBI. Hoje, questiona se as autoridades fizeram o suficiente. O caso reacendeu a polémica sobre os ficheiros não revelados do processo Epstein, que poderão conter nomes, depoimentos e provas que nunca chegaram a ser usados em tribunal – e cuja publicação é agora exigida por muitos dos apoiantes de Trump, na expectativa de expor figuras poderosas, sobretudo ligadas ao Partido Democrata.

Recentemente, a pressão sobre Trump aumentou após recuos de figuras da sua administração, como a procuradora-geral Pam Bondi e o diretor do FBI Kash Patel, que prometeram divulgar os ficheiros mas ainda não o fizeram. Dias antes da publicação da reportagem do New York Times, o Wall Street Journal revelou que Trump teria enviado a Epstein uma mensagem de aniversário com conteúdo sexualmente sugestivo em 2003. Trump negou e avançou com um processo de 10 mil milhões de dólares contra o jornal e o grupo de Rupert Murdoch, alegando difamação.