O primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, alertou esta sexta-feira para o risco de o conflito em curso na fronteira com o Camboja poder "tornar-se uma guerra".

O que aconteceu hoje?

Apichart Sapprasert, comandante da força de fronteira nas províncias de Chanthaburi e Trat, afirmou, em comunicado, que "a lei marcial está em vigor agora mesmo" em sete distritos em Chanthaburi e um na província de Trat.

O Ministério da Saúde tailandês informou hoje que mais de 138 mil civis foram retirados das regiões fronteiriças afetadas pelos confrontos com o país vizinho, revendo um balanço anterior que apontava para mais de cem mil.

"Há atualmente confrontos em várias zonas fronteiriças. Pede-se às pessoas que evitem as zonas fronteiriças", declarou, às 8h10 (2h10 em Lisboa), a Segunda Região do exército tailandês - uma divisão destacada no nordeste do país.

Quando eclodiram os confrontos?

Os confrontos, de uma intensidade rara, eclodiram na quinta-feira, na fronteira entre os dois países, com troca de tiros, granadas e foguetes.

Já houve mortos?

Sim. No Camboja, hoje, morreu pelo menos uma pessoa, declarou hoje à agência France-Presse o porta-voz da província fronteiriça cambojana de Oddar Meanchey (noroeste), num primeiro balanço oficial das autoridades do país.

"Até ao momento, um civil foi morto e cinco pessoas ficaram feridas durante os combates" na região, afirmou Meth Meas Pheakdey, acrescentando que a vítima mortal era um homem de 70 anos.

Mas o número total de mortos já vai em 13, depois de na quinta-feira terem morrido 12 pessoas.