A ilha é pequena, mas sua riqueza extrema. Os menorquinos falam espanhol e catalão… E juntam tudo num dialético só seu. Mas falam também todas as línguas do mundo. Nesse aspecto fazem lembrar os portugueses, sempre a querer agradar quem recebem e esforçando-se para perceberem e para se fazerem entender. Calorosos e de sorriso amplo.
A ilha é habitada há muitos anos. Teve por lá uma civilização só deles e de Maiorca – a Talayótica. Com mais de 4 mil anos de história, continua a encontrar-se vestígios em cada canto. As navetas, as taulas, as grutas junto à costa que eram sepulturas… A ilha é um museu de pedra a céu aberto.
Menorca é dominado por duas grandes cidades: Maó, a nascente e Ciutadella, a poente. A primeira é a capital, dominada pelo seu grande porto de onde mercadorias e passageiros se cruzam; o traçado antigo e apertado do seu centro não fecha portas à modernidade. É também aqui que pode encontrar o museu da ilha. Por seu lado, Ciutadella conserva todo o encanto do seu centro histórico, totalmente restaurado. Percorrer as suas ruas é viajar a um tempo passado.
Por todo o lado encontramos percursos para percorrer a pé, de bicicleta ou mesmo a cavalo. Não fosse Menorca também conhecida por ter uma raça indígena de cavalos. Talvez também por isso existe um percurso que delimita todo o perímetro na ilha, pela costa ou junto dela, denominado Cami de Cavalls. Cruza aglomerados urbanos, campos em caminhos publico e privados, e, claro está, praias.
E é aqui que quem visita Menorca se perde. Nas inúmeras calas e platjas, em que tropeçamos a cada curva da linha de costa. Cala Blanca, Turqueta, Macaralleta, Macarella, Galdana, Mitjaneta, Trebalúger, Cales Coves, Es Canutells, Caló Blanc, Binibéquer Nou, Punta Prima, Es Grau, Binimel-là… Estes foram os locais onde entregámos o nosso corpo à doce ondulação do Mediterrâneo. Suave, tépida e irritantemente turquesa. Porque Menora é isso – irritantemente turquesa.
Ficámos com saudades dos sítios que ficaram por conhecer. A regressar.
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