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Segundo avançam as agências internacionais Reuters e Associated Press, forças dos rebeldes Houthis entraram nas instalações do Programa Mundial de Alimentos (PMA), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da UNICEF. Testemunhas relataram também que vários funcionários foram interrogados no exterior dos edifícios.
A porta-voz do PMA, Abeer Etefa, confirmou à Associated Press que as agências foram invadidas pelos rebeldes e Ammar Ammar, porta-voz do UNICEF, indicou que vários colaboradores foram detidos e que estão a ser pedidas informações junto dos Houthis.
Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, confirmou a detenção de pelo menos 11 funcionários e condenou a entrada forçada nas instalações das agências, a apreensão de bens e as tentativas de invasão de outros escritórios em Sanaa, exigindo a libertação imediata e incondicional dos trabalhadores da ONU.
Ataque israelita matou líderes Houthi
Os atos de hoje visando funcionários da ONU acontecem poucos dias depois de um ataque israelita ter matadoo primeiro-ministro Houthi, Ahmed al-Rahawi, e membros do seu governo. Entre as vítimas encontram-se o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gamal Amer, o vice-primeiro-ministro e ministro do Desenvolvimento Local, Mohammed al-Medani, e os responsáveis pelas pastas da Eletricidade, Turismo, Informação e Administração Interna.
Segundo os Houthis, os líderes estavam reunidos num encontro “rotineiro” para avaliar a atividade governativa quando foram atingidos. O funeral das vítimas está agendado para segunda-feira, na Praça Sabeen, em pleno centro da capital.
O ministro da Defesa, Mohamed Nasser al-Attefi, sobreviveu ao ataque. Abdel-Karim al-Houthi, ministro do Interior e uma das figuras mais influentes do movimento, não estava presente.
Esta não é a primeira ação dos Houthis envolvendo a ONU, tendo já sido presos pelo grupo dezenas de funcionários da ONU, trabalhadores humanitários, membros da sociedade civil e antigos colaboradores da embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, encerrada há vários anos.
Em janeiro, a ONU suspendeu operações em Saada, bastião Houthi no norte do país, após a detenção de oito dos seus funcionários.
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