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“Ontem [quarta-feira], a OMS entregou a sua primeira carga médica em Gaza desde 2 de março — nove camiões transportando suprimentos médicos essenciais, 2.000 unidades de sangue e 1.500 unidades de plasma”, relatou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X.

“Estes suprimentos médicos são apenas uma gota no oceano. É essencial uma ajuda em grande escala para salvar vidas”, avisou.

Na mesma publicação, o líder da OMS apelou “ao envio imediato, sem obstáculos e sustentável de ajuda sanitária a Gaza por todos os meios possíveis”.

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“Os suprimentos serão distribuídos aos hospitais prioritários nos próximos dias. O sangue e o plasma foram entregues no armazém frigorífico do complexo médico Nasser para serem distribuídos aos hospitais que enfrentam graves carências”, explicou Tedros.

Segundo o chefe da OMS, os suprimentos médicos foram transportados para Gaza a partir do posto de passagem de Kerem Shalom, “sem qualquer pilhagem, apesar das condições de alto risco ao longo da estrada”.

Quatro camiões da OMS ainda estão em Kerem Shalom e outros estão a caminho do enclave palestiniano.

A guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas dura há mais de 20 meses, desde que o grupo extremista palestiniano atacou, em outubro de 2023, o sul do território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel prometeu destruir o Hamas e atacou violentamente a Faixa de Gaza, tendo também bloqueado a entrada de bens essenciais na região.

A ofensiva israelita no enclave já provocou mais de 56 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

De acordo com organizações não-governamentais (ONG) e as Nações Unidas, mais de dois milhões de habitantes de Gaza vivem em condições de grande precariedade e em risco de fome devido às restrições impostas por Israel.

No final de maio, Telavive aliviou parcialmente um bloqueio total imposto no início de março – que levou a uma grave escassez de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais -, mas apenas permite que seja dada ajuda pela Fundação Humanitária de Gaza, uma organização com financiamento obscuro apoiada por Israel e pelos Estados Unidos, e que é acusada de ser parcial.

Palestinianos são mortos quase diariamente ao procurar ajuda humanitária em locais de distribuição, de acordo com a Defesa Civil local, controlada pelo Hamas.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos classificou na terça-feira o uso de alimentos como arma em Gaza como um “crime de guerra”, instando o exército israelita a “parar de disparar sobre pessoas que tentam obtê-los”.

JH // SCA

Lusa/Fim