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“Mais de meio milhão de pessoas regressaram a Gaza (Cidade) desde ontem”, afirmou Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, serviço de resgate que opera sob autoridade do Hamas, em declarações à agência France-Presse.

Outros relatos dão conta de outros números, cerca de 300 mil pessoas, sendo que desde o início das tréguas milhares de palestinianos deslocados regressaram aos seus bairros em Gaza, circulando na cidade ao mesmo tempo que bulldozers avançam entre as ruínas de dois anos de guerra.

Também Israel iniciou a transferência de prisioneiros para duas cadeias antes da sua libertação no âmbito do acordo de cessar-fogo que deverá conduzir também à libertação de reféns detidos pelo Hamas, anunciou este sábado o serviço prisional israelita.

De acordo com um comunicado, milhares de funcionários, incluindo guardas prisionais, “trabalharam durante toda a noite para implementar a decisão do governo.

Israel deverá libertar cerca de dois mil prisioneiros palestinianos, incluindo 250 que cumprem penas longas por crimes de segurança graves, em troca da libertação dos reféns que permanecem em Gaza. A lista publicada na sexta-feira não inclui Marwan Barghouti, figura de destaque do movimento palestiniano, cuja libertação foi rejeitada pelo governo de Netanyahu.

Segundo a agência Associated Press, que falou com dois responsáveis egípcios envolvidos nas negociações e um responsável do Hamas, as libertações deverão começar na segunda-feira, embora outra fonte tenha admitido que possam ter início já na noite de domingo.

“A entrega das armas não é negociável”

Em declarações à AFP, um responsável do Hamas afirmou que a entrega de armas, proposta no âmbito do plano do presidente norte-americano Donald Trump para Gaza, “está fora de questão”. “Não é negociável”, sublinhou.

Este deverá ser um dos temas a abordar na cimeira internacional da próxima segunda-feira, no Cairo, que conta com a presença de Donald Trump e tem também já a confirmação da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni e do seu homólogo espanhol Pedro Sánchez. Devem estar também presentes representantes do Reino Unido, Alemanha, França e Qatar.

Ao nível da crise humanitária, organizações como os Médicos Sem Fronteiras, o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Conselho Norueguês para os Refugiados preparam-se para aumentar a resposta. A UNICEF disse ter 1.300 camiões prontos a entrar.

Os jornalistas internacionais em Israel pediram também acesso imediato à Faixa de Gaza. A Foreign Press Association (FPA) instou Israel a “abrir imediatamente as fronteiras e permitir que a imprensa internacional tenha acesso livre e independente ao território”.


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