
Os forusracídeios, conhecidos como aves do terror, eram grandes predadores. Podiam ser mais altos que um ser humano, tinham pernas poderosas e bicos em forma de gancho, capazes de rasgar a carne.
Paleontólogos na Colômbia compararam marcas de dentes no osso fossilizado da perna de uma dessas aves com as de um jacaré.
Impressões digitais 3D das dentadas permitiram que os cientistas reconstruíssem o que eles acreditam ter sido uma "batalha até à morte", à qual o pássaro do terror não sobreviveu.
O novo estudo, publicado na revista Biology Letters e citado pela BBC, diz que a comparação trouxe provas raras de uma interação entre os dois predadores.
O osso da perna estudado pelos cientistas foi descoberto pela primeira vez há mais de 15 anos no Deserto de Tatacoa, na Colômbia.
Quando o pássaro vivia nos pântanos daquela área, há 13 milhões de anos atrás, teria cerca de 2,5 metros de altura e usava as pernas e o bico para segurar e rasgar as presas.
O que os cientistas não conseguem provar é se a ave foi, efetivamente, morta durante o ataque do jacaré ou se este já encontrou os seus restos mortais.
"Não há sinais de cura nas marcas de mordida no osso", explicou o cientista principal Andres Link, da Universidad de Los Andes, em Bogotá, Colômbia.
"Se já não estivesse morto, morreu no ataque. Aquele foi o último dia em que o pássaro esteve neste planeta".
O Deserto de Tatacoa abriga depósitos ricos de fósseis de uma época conhecida como Mioceno Médio.
Este osso em particular foi descoberto pela primeira vez há cerca de 15 anos pelo colecionador de fósseis local, César Augusto Perdomo.
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