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Segundo o memorando oficial divulgado no dia 7 de julho, com o selo do DoJ e do FBI, após uma revisão exaustiva de arquivos físicos e digitais, que resultou na recolha de mais de 300 gigabytes de dados e provas, não foi encontrada qualquer lista incriminatória.
“Esta revisão sistemática não revelou nenhuma 'lista de clientes'. Também não foram encontradas provas credíveis de que Epstein tenha chantageado indivíduos influentes como parte das suas atividades”, lê-se no documento, citado pelo portal G1.
Jeffrey Epstein, que já havia sido condenado por solicitação de prostituição de menores em 2008, foi encontrado morto em 2019 na cela do Metropolitan Correctional Center, em Nova Iorque. O relatório reforça a conclusão do médico legista da época: morte por suicídio. As imagens da noite da morte, agora tornadas públicas, confirmam que não houve interferência externa, contrariando a tese de homicídio alimentada por teorias difundidas online.
A relação de Trump ao caso
As conclusões do relatório surgem após declarações da antiga procuradora-geral Pam Bondi, que em fevereiro afirmou, numa entrevista à Fox News, que uma "lista de clientes" estava na sua secretária. Segundo a BBC, a Casa Branca veio mais tarde esclarecer que Bondi se referia genericamente aos ficheiros do caso Epstein, e não a uma lista específica.
A divulgação do relatório gerou descontentamento entre apoiantes conservadores do antigo e atual presidente Donald Trump, que prometera durante a campanha eleitoral tornar públicos todos os documentos do caso. Muitos esperavam revelações sobre figuras públicas alegadamente associadas a Epstein, como o próprio Trump, cujo nome apareceu em registos de voo ao lado de Epstein nos anos 1990.
Durante um recente conflito público com o bilionário Elon Musk, este chegou a sugerir que Trump estaria ligado ao escândalo sexual, embora sem apresentar qualquer prova. O post foi posteriormente apagado por Musk, que mais tarde afirmou ter ido "longe demais" nas suas críticas.
Críticas internas e documentos sensíveis
Alguns legisladores conservadores acusaram o governo de retardar ou esconder documentos relevantes, incluindo milhares de ficheiros e vídeos que estariam sob revisão do FBI. Segundo Pam Bondi, alguns desses materiais seriam "extremamente gráficos" e não divulgáveis publicamente.
O Departamento de Justiça afirma que não encontrou elementos suficientes para abrir investigações contra terceiros não acusados, encerrando, por agora, qualquer tentativa de expandir o processo a novas figuras públicas.
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