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"Desde a minha primeira vitória na corrida, até quatro campeonatos mundiais, partilhámos sucessos incríveis. Vencemos corridas memoráveis e quebrámos inúmeros recordes. Obrigado por tudo, Christian!". Foi esta a frase que o neerlandês usou para se despedir de Christian Horner como seu diretor.
Max Verstappen e Christian Horner trabalham juntos desde 2016, ano em que Verstappen foi promovido da Toro Rosso para a Red Bull Racing, equipa liderada por Horner desde 2005. Desde então, a relação entre piloto e diretor de equipa tem sido uma das mais bem-sucedidas da Fórmula 1 moderna.
Ao longo destes nove anos de colaboração, conquistaram juntos vários títulos, incluindo os campeonatos mundiais de pilotos em 2021, 2022 e 2023, bem como os campeonatos de construtores em 2022 e 2023. Ao longo de nove anos, a relação entre ambos foi marcada por uma combinação de talento, consistência e resultados dominantes em pista.
No entanto, a época de 2025 ficou marcada por uma degradação evidente dessa relação. Desde o início da temporada surgiram sinais de tensão dentro da equipa: o ambiente tornou-se mais tenso e surgiram críticas internas à liderança de Horner.
Max Verstappen e o seu pai, Jos, manifestaram desagrado com algumas decisões estratégicas, nomeadamente alterações na estrutura da equipa e na gestão de pilotos. Apesar disso, Horner tentou sempre manter uma postura conciliadora, assegurando publicamente que Verstappen continuava totalmente comprometido com o projeto da Red Bull.
Contudo, o desempenho em pista não ajudou a dissipar a instabilidade. A Red Bull revelou dificuldades técnicas com o carro de 2025, perdendo a vantagem que tinha nas temporadas anteriores. Verstappen deixou de dominar como em anos anteriores, e a equipa caiu para uma posição menos competitiva no campeonato.
Importa lembrar que, esta manhã, Christian Horner foi demitido da Red Bull após duas décadas como diretor de equipa de Fórmula 1, cargo que ocupava desde a estreia da equipa em 2005.
A decisão surge 17 meses depois de ter sido acusado por uma colega de comportamento impróprio — acusações das quais foi ilibado duas vezes pela empresa-mãe, Red Bull GmbH.
A marca anunciou que Horner foi afastado das suas funções operacionais com efeitos imediatos, sendo substituído por Laurent Mekies, que assume o cargo de CEO da Red Bull Racing.
Horner deverá despedir-se dos funcionários ainda hoje, em Milton Keynes. A saída foi impulsionada pelo CEO do grupo Red Bull, Oliver Mintzlaff, com o apoio dos restantes proprietários. Apesar de ter contrato até 2030, Horner sai num momento delicado para a equipa, que atravessa uma má fase após perder o Mundial de Construtores para a McLaren e ver-se atualmente em quarto lugar nesta temporada.
Max Verstappen, terceiro no Mundial de Pilotos, tem demonstrado frustração, e Yuki Tsunoda está apenas em 17.º lugar.
A situação agrava-se com rumores da possível saída de Verstappen para a Mercedes e um histórico recente de tensões internas, incluindo um conflito entre Horner e Jos Verstappen, pai do piloto, e acusações de mensagens de teor sexual enviadas por Horner a uma funcionária — acusações das quais foi ilibado, mas cuja investigação interna gerou críticas. Laurent Mekies foi nomeado novo CEO da Red Bull Racing.
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