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O ex-diretor do FBI, James Comey, declarou-se inocente das duas acusações criminais de que é alvo durante a sua leitura da acusação esta quarta-feira, diz a CNN. Os seus advogados anunciaram que vão apresentar várias moções judiciais com o objetivo de encerrar o caso antes que este chegue a um júri.
Caso venha a ser condenado por fornecer declarações falsas e por obstruir um processo no Congresso, Comey arrisca até cinco anos de prisão. Contudo, a sua defesa prepara pelo menos cinco moções para tentar que o caso seja arquivado.
“O processo foi instaurado pelo presidente Trump”, afirmou em tribunal Patrick Fitzgerald, advogado de Comey, acrescentando que a equipa jurídica planeia apresentar uma moção por “conduta governamental ultrajante”.
Comey deverá ainda contestar a nomeação da procuradora na Virgínia que apresentou as acusações contra ele, Lindsey Halligan. Outros argumentos da defesa questionam a imparcialidade do processo do grande júri. Os debates orais sobre estas questões estão agendados para novembro e dezembro.
O julgamento foi marcado para 5 de janeiro de 2026, com a duração prevista de dois a três dias. Os procuradores não solicitaram a detenção de Comey antes do início do processo.
O juiz Michael Nachmanoff sublinhou que não pretende atrasar a fase de recolha de provas e que espera que ambos os lados entreguem rapidamente a documentação necessária. “Não vou deixar que as coisas se arrastem neste caso”, afirmou, referindo ainda que a gestão de documentos classificados será um elemento central do processo.
A acusação contra Comey decorre do seu testemunho no Congresso em 2020, onde alegadamente mentiu sobre o seu conhecimento de uma fuga de informação classificada que acabou por ser divulgada por vários órgãos de comunicação social. A acusação indica que Comey declarou falsamente não ter autorizado outra pessoa a servir de fonte anónima em reportagens.
James Comey foi despedido por Trump nos primeiros meses do seu primeiro mandato, no contexto da investigação do FBI sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016. Em setembro, Trump pediu publicamente, através de uma publicação nas redes sociais dirigida à procuradora-geral Pam Bondi, que o Departamento de Justiça avançasse contra vários dos seus adversários políticos, incluindo Comey.
Após a acusação, Comey afirmou, em vídeo, que mantém “grande confiança no sistema judicial federal” e que se considera inocente. “Vamos ter um julgamento. Mantenham a fé”, acrescentou.
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