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A chuva voltou a marcar presença este fim de semana em Portugal continental. Depois de semanas dominadas pelo calor, o céu cinzento regressou e, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), deverá manter-se sobretudo no Norte e Centro até ao final da semana.
A explicação está na posição do anticiclone dos Açores — no início da semana, situado a oeste do arquipélago, permite a passagem de sistemas frontais que trazem precipitação, embora com baixa probabilidade de chegar ao Alentejo.
Com o avançar dos dias, o cenário vai alterar-se. O anticiclone desloca-se para leste e alonga-se até ao Golfo da Biscaia, bloqueando novas frentes e abrindo caminho para um fluxo de norte e de leste, que trará uma nova subida das temperaturas.
Essa mudança será sentida a partir de quinta-feira, dia 11, quando os termómetros deverão alcançar entre 24 e 32 graus no interior Norte e Centro, 28 a 34 no Sul e 22 a 31 nas zonas costeiras. As mínimas, por sua vez, vão oscilar entre os 9 e os 14 graus no interior e entre 13 e 19 no litoral.
Ainda assim, em termos médios, os valores continuarão abaixo do habitual para o início de setembro — uma pausa ligeira num ano marcado por extremos.
O verão de 2025 foi o mais quente dos últimos 94 anos, segundo o IPMA. Três ondas de calor prolongadas, temperaturas recorde – incluindo os 46,6 graus em Mora, a 29 de junho – e um regime de seca sem precedentes — apenas 24% da precipitação normal para a estação.
Foi um verão “extremamente quente e extremamente seco”, que deixou marcas no território e recordes nas estatísticas. Agora, a chuva regressa, tímida e concentrada no Norte e Centro, lembrando que o outono se aproxima.
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