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Segundo André Ventura, o Governo Sombra será formado por figuras independentes e com provas dadas nas suas áreas de atuação, evitando escolhas feitas “por causa dos cartões partidários”. Entre os nomes avançados estão:

Teresa Nogueira Pinto, na pasta da Cultura
Mestre em Relações Internacionais e Doutorada em Ciência Política pela Universidade Católica Portuguesa. A escritora e professora universitária é filha de Jaime Nogueira Pinto, politólogo e escritor português.

Jorge Cid, na pasta da Agricultura
De acordo com a biografia no site do Hospital Veterinário do Restelo, que dirige, o médico veterinário "gosta de dedicar o (pouco tempo livre) à natureza e agricultura", sendo "também canicultor e criador de cavalos". É presidente da Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia (APMVEAC) e membro da Comissão Técnica do Clube Português de Canicultura.

Fernando Silva, na pasta da Administração Interna
Professor de direito penal na Universidade Autónoma e professor adjunto, na área de Direito, da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria. Fernando Silva esteve nas jornadas parlamentares do Chega e é membro da Comissão Nacional de Eleições.

Horácio Costa, na pasta da Saúde
Foi diretor do serviço de Cirurgia Plástica do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE) até 2024. Tornou-se mais conhecido em 2023, depois de ter aparecido vestido de templário num vídeo que viralizou. O filme em questão foi gravado durante uma reunião de serviço e mostra uma interna a ajoelhar-se à sua frente.

A estas escolhas juntaram-se outro nomes da área política e académica:

Rui Gomes da Silva, na pasta da justiça
Antigo ministro dos Assuntos Parlamentares e ministro adjunto no governo de Pedro Santana Lopes, bem como deputado do PSD durante vários anos, foi apontado para pasta da justiça, de acordo com fonte da direção citada pelo Observador.

Miguel Corte-Real, na pasta da Reforma do Estado
Ex-dirigente do PSD que liderou a bancada social-democrata na Assembleia Municipal do Porto e atualmente cabeça de lista do CHEGA às autárquicas no Porto, ficará responsável pela Reforma do Estado, revela também o Observador.

Alexandre Franco de Sá, na pasta da Educação, Ciência e Inovação

Professor universitário e doutorado pela Universidade de Coimbra, com obra reconhecida na área da Filosofia Social e Política. Caber-lhe-á tutelar as pastas da Educação, Ciência e Inovação, revela a Agência Lusa.

Rui Teixeira Santos, na pasta da Economia e Finanças 
O Diário de Notícias também revelou Rui Teixeira Santos, professor associado no Instituto Superior de Gestão, como o coordenador para a área da Economia e Finanças.

Margarida Bentes Penedo, na pasta da Habitação

Deputada municipal, em Lisboa, eleita pelo CDS-PP que passou a não inscrita, Margarida Bentes Penedo aproximou-se do partido, tendo participado no último conselho nacional.

Nuno Simões de Melo, na pasta da Defesa
Licenciado em Ciências Militares e com mestrado em Logística, é deputado do Chega eleito pelo círculo da Guarda e preside às seguintes comissões: comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas (Suplente); comissão de Defesa Nacional (Coordenador GP) e comissão da Reforma do Estado e Poder Local (Suplente). 

“Há candidatos, há trabalho feito em diversas pastas. O Chega está pronto para governar”, afirmou André Ventura.

Apresentando-se como candidato de ruptura, Ventura defendeu que os portugueses “querem acabar com a Terceira República e começar a Quarta”, afastando os “políticos habituais”. Citou Churchill , “lutaremos nas colinas”, e Francisco Sá Carneiro , “primeiro o país, depois o partido e depois as minhas circunstâncias”, para sublinhar a visão de mudança.

Tiago Moreira de Sá, na pasta dos Negócios estrangeiros.

Político português, professor na Universidade Nova de Lisboa e investigador no Instituto Português de Relações Internacionais. Foi Deputado na Assembleia da República na XV Legislatura e atualmente, desempenha as funções de Eurodeputado no Parlamento Europeu, eleito pelo Chega.

Importa lembrar que, de acordo com o Observador, André Ventura disse que no máximo deve ter 12 ou 13 ministérios. Neste momento já foram revelados 11.

Presidenciais vistas como ponto de viragem

Apesar de ter começado a entrevista com uma declaração que tem sido recorrente de que “não queria” ser candidato à Presidência da República, André Ventura assumiu que a corrida presidencial será decisiva para o futuro político do país e do partido.

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O líder do Chega apresentou-se ainda como um futuro Presidente da República “interventivo”, disposto a utilizar os poderes de veto e a lutar por uma mudança constitucional. "O Estado de direito democrático não está em causa”, assegurou, frisando que pretende “iniciar a transformação da República” e preparar terreno para futuras vitórias do Chega em autárquicas e legislativas.

Com a apresentação do Governo Sombra e a confirmação da sua candidatura presidencial, André Ventura reforça a estratégia do Chega: posicionar-se como alternativa ao “sistema”.

*Texto editado por Gonçalo Lopes

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