"Fomos intercetados por um grande número de embarcações militares", disse à AFP Paolo Romano, conselheiro regional da Lombardia, em Itália, no aeroporto de Istambul. "Todos os barcos foram atacados por agentes fortemente armados e trazidos para terra", disse o jovem de 29 anos.

"Obrigaram-nos a ajoelhar, de bruços. E se nos mexêssemos, espancavam-nos. Gozavam connosco, insultavam-nos e batiam-nos", acrescentou Paolo Romano. "Usavam violência psicológica e física".

Em Israel, foram levados para uma prisão, onde permaneceram presos sem permissão para sair e sem água, segundo o seu testemunho.

"Abriam a porta à noite e gritavam connosco com armas para nos assustar", acrescentou. "Éramos tratados como animais".

O jornalista italiano Lorenzo D'Agostino, que também estava a bordo da flotilha, disse à AFP que "foram raptados em águas internacionais enquanto estavam a 55 milhas [pouco mais de 100Km] de Gaza".