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Israel e Hamas anunciaram ter chegado a um acordo para a primeira fase de um plano de cessar-fogo em Gaza, trazendo um novo fôlego à esperança de pôr fim a um conflito que já dura dois anos e causou dezenas de milhares de mortes.

O acordo prevê a libertação dos reféns detidos pelo Hamas em troca de uma retirada limitada das forças israelitas, representando apenas o início de um plano mais amplo de 20 pontos delineado pela Administração Trump. O acordo inclui ainda a troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel e estabelece uma linha de retirada militar como primeira etapa para a chamada “paz duradoura e eterna”.

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que todos os reféns em poder do Hamas poderão ser libertados já na próxima segunda-feira.

Esta manhã, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o acordo para garantir a libertação de reféns em Gaza só entrará em vigor após aprovação numa reunião que acontecerá ao final da tarde. Assim, a contagem regressiva de 72 horas só começará após esse momento.

Trump declarou à Fox News que os Estados Unidos estarão envolvidos na reconstrução de Gaza e na manutenção da segurança no território, expressando confiança de que “haverá paz no Médio Oriente”. O presidente norte-americano agradeceu também aos mediadores do Qatar, Egito e Turquia pelo seu papel no processo.

Apesar das celebrações, a situação em Gaza mantém-se extremamente volátil. Autoridades palestinianas relataram que, mesmo após o anúncio do cessar-fogo, ocorreram vários ataques aéreos, especialmente na cidade de Gaza, evidenciando os desafios de implementar o acordo e de garantir a segurança imediata da população civil.

As reações internacionais foram amplamente positivas. A secretária de Política Externa da União Europeia, Kaja Kallas, saudou o acordo como um avanço significativo. Líderes mundiais, incluindo o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres e chefes de governo de países como Austrália, Japão, Nova Zelândia e Canadá expressaram esperança de que o cessar-fogo possa conduzir a uma solução política duradoura e a um fim à ocupação e ao sofrimento da população palestiniana.

Em Israel, familiares dos reféns reuniram-se na chamada Praça dos Reféns, em Tel Aviv, demonstrando alívio e emoção. “O nosso filho vai voltar para casa. Estas são as lágrimas pelas quais rezámos”, afirmou uma mãe de refém, citada por meios locais. Em Gaza, habitantes deslocados celebraram nas ruas com gritos de alegria e disparos comemorativos, alguns visivelmente emocionados após dois anos de conflito contínuo.

Ainda existem questões pendentes, nomeadamente a desmilitarização do Hamas e o futuro governativo de Gaza, que permanecem sem resposta. Fontes próximas das negociações referem que a libertação de reféns mortos ocorrerá numa fase posterior e que a retirada israelita cobrirá cerca de 70% do território previsto na primeira etapa do plano.

O acordo foi precedido por três dias de negociações indiretas no resort egípcio de Sharm el-Sheikh e contou com a colaboração de mediadores regionais. As famílias de reféns, através do Fórum das Famílias de Reféns, expressaram entusiasmo, mas também cautela, apelando ao governo israelita para aprovar imediatamente o acordo e garantir que os termos sejam cumpridos.

(Notícia atualizada às 10h49)

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