A partir deste domingo, os cidadãos de países fora da União Europeia vão passar a ser sujeitos a novos controlos biométricos quando viajam para a Europa  com a entrada em vigor do sistema de entrada e saída (EES), cuja implementação esteve vários anos atrasada.

Os novos mecanismos de controlo entram em funcionamento de forma faseada para evitar o caos nas fronteiras, o que significa que poderá demorar até seis meses até que todos os viajantes sejam abrangidos. Até lá, continuará a ser necessário carimbar passaportes.

Com a entrada em funcionamento do EES, a maioria dos cidadãos de países terceiros que não pertençam ao Espaço Económico Europeu terá de fornecer fotografia e impressões digitais à entrada no espaço Schengen.

Além de digitalizar o passaporte, os viajantes poderão também ser questionados sobre alojamento, bilhete de regresso, meios financeiros suficientes e seguro de saúde ou de viagem, ainda que a exigência não seja feita em todos os postos fronteiriços.

O Reino Unido é um dos países que já tem sistemas implementados, nomeadamente em pontos de saída para a União Europeia no seu território, como é o caso da estação de St. Pancras, em Londres, Dover e as ligações do Eurotúnel.

A Comissão Europeia afirma esperar que o sistema torne “as viagens mais simples e seguras para todos”, uma vez que as bases de dados permitirão que as autoridades fronteiriças em toda a UE tenham acesso imediato a eventuais irregularidades.

Durante a fase de implementação, os Estados-membros da UE podem decidir quando e onde começam a aplicar o novo sistema. O objetivo, segundo a Comissão Europeia, é permitir que comecem a “beneficiar do sistema, garantindo ao mesmo tempo que as autoridades fronteiriças, a indústria dos transportes e os viajantes se ajustam aos novos procedimentos”.