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Durante uma semana, os 150 hectares da Boomland transformam-se num universo vibrante de música, arte, espiritualidade e ecologia. A programação inclui mais de 1120 artistas de 29 nacionalidades, espalhados por 21 áreas distintas e mais de 1500 horas de concertos, DJ sets, instalações artísticas, workshops, meditação, cinema e experiências sensoriais. O espetáculo de abertura, “Emergency EXIT”, é da responsabilidade da companhia catalã La Fura dels Baus, num apelo artístico à consciência ambiental.

O cartaz conta com artistas como Bateu Matou, Miramar, Batida, João Gomes, Atmos (Suécia), FutureMoon (Alemanha) e Rui Vargas, entre muitos outros. A tradição local também está presente com a valorização do adufe — símbolo musical da região — integrado em atuações contemporâneas, como no espetáculo exclusivo de Bateu Matou, que mistura ritmos africanos com a música tradicional de Idanha-a-Nova.

A infraestrutura do festival inclui áreas de campismo gratuito e glamping, zonas de silêncio (das 18h às 21h), chuveiros com horário limitado e reaproveitamento de água, além de 45 restaurantes com opções vegetarianas, vegan e internacionais. O evento funciona num sistema cashless, com pagamentos feitos por pulseira recarregável. Há também supermercado biológico no recinto e espaços dedicados ao bem-estar com ioga, tantra, artes marciais e sound healing. As crianças não ficam de fora: há uma área específica chamada “Young Dragons”, com atividades acompanhadas por adultos.

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Desde 2009, o festival está sediado na Herdade da Granja e é organizado pela associação IdanhaCulta, dedicada ao desenvolvimento cultural, social e ambiental da região. Em 2017, a organização adquiriu os 180 hectares da propriedade, reforçando o seu compromisso com a sustentabilidade. O Boom é um evento independente, sem patrocinadores, multipremiado e amplamente reconhecido pelo seu esforço em reduzir o impacto ambiental, como lembra o Notícias da Covilhã.

Apesar do ambiente pacífico e espiritual que caracteriza o festival, a Polícia Judiciária deteve recentemente dois suspeitos de tráfico de droga em Oliveira do Hospital, que preparavam substâncias como mescalina, LSD, MDMA e cogumelos alucinogénios para venda no Boom. A operação, chamada “MAGIC FARMS”, revela a dimensão e o alcance do evento, também visado por redes internacionais de tráfico.

Ainda assim, o Boom Festival continua a afirmar-se como um espaço único no mundo dos festivais, onde se celebra a diversidade, a liberdade, a arte e a ligação com a natureza — tudo ao som de batidas que fazem dançar milhares de almas de todas as latitudes.