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O número representa um aumento de 23,3% face ao período anterior, com 3.013 vítimas apoiadas em 2022, 3.532 em 2023 e 3.716 em 2024, traduzindo uma tendência crescente na procura de ajuda por parte de homens vítimas de crime.

Durante o mesmo período, a APAV teve conhecimento de 17.279 crimes e formas de violência praticados contra vítimas do sexo masculino — mais 19,8% do que em anos anteriores. Foram registadas 5.155 ocorrências em 2022, 5.949 em 2023 e 6.175 em 2024, números que evidenciam tanto o aumento da vitimação masculina como uma maior visibilidade destas situações.

Entre as vítimas apoiadas, 3.556 eram crianças e jovens, 4.167 adultos e 1.136 pessoas idosas, não existindo informação sobre a idade em 13,6% dos casos. A maioria das vítimas era portuguesa (77,7%), seguindo-se estrangeiras (12,1%), enquanto em 10,2% das situações não foi registada a nacionalidade.

Se é vítima de violência doméstica ou conhece alguém em risco, denuncie.
Ligue 800 202 148 (Linha Nacional de Emergência Social - gratuita e disponível 24h).
Em caso de emergência, ligue 112.

Os distritos com maior número de vítimas do sexo masculino foram Faro (20,2%), Lisboa (16,7%), Porto (10,8%) e Braga (9,6%), revelando uma distribuição territorial significativa em todo o país.

Quanto à relação entre agressor e vítima, em 21,8% dos casos tratava-se de pais, mães, padrastos ou madrastas; em 21,2%, de parceiros ou ex-parceiros íntimos; e em 5,1%, de filhos ou filhas das vítimas. Em quase 30% das situações não foi possível identificar a relação entre agressor e vítima.

A maioria dos casos envolveu vitimação continuada (36,6%), e 44,1% ocorreram na residência comum. Cerca de 29,8% das vítimas demoraram entre dois e seis anos a pedir ajuda após o início da vitimação, enquanto 10,9% procuraram apoio apenas 12 ou mais anos depois.

Relativamente à apresentação de queixa, 49% das vítimas denunciaram os crimes, enquanto 34,1% não o fizeram. Em 16,9% dos casos não existe informação sobre esta matéria, o que, segundo a APAV, sublinha a importância de continuar a promover a confiança institucional e o acesso à justiça para homens vítimas de violência.

Entre os crimes mais registados destacam-se a violência doméstica (11.906 casos), ofensas à integridade física (885), ameaça ou coação (731), injúrias ou difamação (570), burla (400) e abuso sexual de crianças (331).

A APAV recorda que presta apoio gratuito, confidencial e especializado a todas as vítimas de crime. A Linha de Apoio à Vítima – 116 006 funciona de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 23h00.

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