
Numa mensagem publicada nas suas redes sociais, o chefe de Estado afirmou que a administração ucraniana está “totalmente alinhada com o pacote de sanções europeias contra o regime iraniano”.
“As nossas instituições estão a trabalhar na sincronização das sanções europeias e ucranianas” contra o Irão, acrescentou o Presidente ucraniano.
As possíveis sanções, segundo Zelensky, incluem “indivíduos, empresas e entidades envolvidas não só na produção militar e em conspirações terroristas contra países vizinhos da região, mas também na repressão interna do próprio Irão”.
Por seu turno, o presidente francês, Emmanuel Macron, voltou hoje a falar ao telefone com o seu homólogo iraniano, Massoud Pezeshkian, apelando à libertação dos dois cidadãos franceses detidos por Teerão, e ao regresso à mesa das negociações nucleares.
“Nova troca telefónica hoje com o Presidente iraniano Massoud Pezeshkian”, escreveu o Presidente francês na rede social X, apelando mais uma vez à libertação dos cidadãos franceses Cécile Kohler e Jacques Paris, à “proteção dos cidadãos franceses e estabelecimentos franceses” no país “que não devem estar sujeitos a qualquer ameaça”, e ao “respeito pelo cessar-fogo a fim de contribuir para o restabelecimento da paz na região”.
Cinco dias após o cessar-fogo entre Israel e o Irão, o chefe de Estado francês convidou igualmente Pezeshkian a regressar à mesa das negociações “para resolver as questões das atividades balísticas e nucleares” e apelou à “manutenção do quadro do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares”.
Também apelou ao “reinício dos trabalhos da AIEA (Agência Internacional da Energia Atómica) o mais rapidamente possível no Irão, a fim de assegurar toda a transparência necessária”.
O Irão manifestou hoje “sérias dúvidas” sobre as intenções de Israel de respeitar o cessar-fogo que entrou em vigor a 24 de junho, após 12 dias de guerra sem precedentes entre os dois países inimigos.
Israel iniciou as hostilidades a 13 de junho, bombardeando o Irão e matando os seus principais responsáveis militares e cientistas ligados ao programa nuclear do país.
Os Estados Unidos, que se juntaram ao seu aliado israelita na ofensiva, bombardearam três instalações nucleares na noite de 21 para 22 de junho.
Israel afirma que pretende impedir Teerão de adquirir uma bomba atómica, e o Governo iraniano nega que seja esse o seu objetivo, mas reivindica o direito “legítimo” à energia nuclear civil para produção de energia.
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