Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
Segundo a OMS, este é um tema em que “as mulheres são frequentemente culpadas enquanto os homens são ignorados”, apesar de a infertilidade poder afetar tanto o sistema reprodutivo masculino como o feminino. A organização define a condição como a incapacidade de conceber após 12 meses de relações sexuais regulares e sem proteção.
No lançamento do guia, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sublinhou a urgência de enfrentar o problema: “É um dos problemas de saúde mais negligenciados da nossa época e um desafio global para a igualdade”, avança o Jornal de Notícias.
Tratamentos caros deixam famílias em situação limite
A OMS destaca que milhões de pessoas continuam sem acesso adequado a cuidados de fertilidade e acabam por pagar tratamentos “caros ou ineficazes”, sendo muitas vezes “forçadas a escolher entre o desejo de ter filhos e a necessidade de segurança financeira”. Em alguns países, uma única tentativa de fertilização in vitro pode custar o equivalente a dois anos de rendimentos familiares, alerta a organização.
Para além dos custos, os impactos emocionais e sociais são profundos. A infertilidade está frequentemente associada a ansiedade, depressão, problemas de relacionamento e estigma social, consequências que recaem de forma desproporcional sobre as mulheres.
Guia aponta tratamentos preferenciais e necessidade de apoio
As 40 recomendações agora divulgadas incluem orientações sobre os tratamentos mais adequados para diferentes condições clínicas e defendem a preferência por opções eficazes que não impliquem custos elevados. O documento incentiva ainda os profissionais de saúde a avaliarem se os casais necessitam de apoio social ou psicológico, ao mesmo tempo que fornece informação sobre fatores que influenciam a fertilidade, como tabagismo ou infeções sexualmente transmissíveis.
Nos casos em que a causa da infertilidade permanece inexplicada, a OMS aconselha que se considerem alterações no estilo de vida ou a concentração nos dias mais férteis do ciclo, antes de avançar para técnicas como inseminação intrauterina ou estimulação dos ovários.
A diretora de Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Infantil e do Adolescente da OMS, Pascale Allotey, reforça a importância de acesso à informação e autonomia: “Capacitar as pessoas a tomar decisões informadas sobre a sua reprodução é um imperativo de saúde e uma questão de justiça social”.
__
A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil
Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.
Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.
Comentários