No mesmo dia em que EUA e Rússia se reuniram para tentar uma solução para a guerra na Ucrânia, os Estados Unidos aplicaram tarifas económicas à Índia por este país negociar com a...Rússia.
O que aconteceu primeiro?
O Kremlin referiu esta tarde de quarta-feira que o enviado dos EUA, Steve Witkoff, e o presidente russo, Vladimir Putin, mantiveram conversações "construtivas", à medida que se aproxima o prazo de Donald Trump para Moscovo concordar com um cessar-fogo na Ucrânia.
De acordo com informações, durante a reunião de três horas, Putin transmitiu "sinais" a Witkoff sobre o que chamou de "questão ucraniana" e "recebeu sinais correspondentes" dos EUA.
Em imagens partilhadas pelos meios de comunicação russos, os dois homens – que já se encontraram várias vezes – foram vistos a sorrir e a apertar as mãos num salão dourado.
Refira-se que Donald Trump afirmou que a Rússia poderá enfrentar sanções pesadas ou ver sanções secundárias impostas a todos aqueles que comercializam consigo se não tomar medidas para pôr fim à "guerra horrível" com a Ucrânia.
Antes delas, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, avisou que a Rússia só tomaria medidas sérias no sentido da paz se começasse a ficar sem dinheiro.
As expectativas de um acordo até sexta-feira, contudo, são mínimas, e a Rússia continua os seus ataques aéreos em grande escala contra a Ucrânia, apesar das ameaças de sanções de Trump.
E o que veio a seguir?
O presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva que aplica à Índia uma tarifa adicional de 25% sobre as importações dos Estados Unidos.
A Índia, recorde-se, tinha até agora uma tarifa de 25%, ficando agora com um total de 50% sobre as importações indianas para os Estados Unidos.
A nova taxa entrará em vigor dentro de 21 dias, ou seja, a 27 de agosto, de acordo com a ordem executiva.
A Índia já respondeu e disse que a tarifa é "injusta, injustificada e irracional".
"Portanto, é extremamente lamentável que os EUA optem por impor tarifas adicionais à Índia por ações que vários outros países também estão a tomar no seu próprio interesse nacional", pode ler-se no breve comunicado.
"A Índia tomará todas as medidas necessárias para proteger os seus interesses nacionais", acrescentou.
O presidente dos EUA já tinha avisado que iria aumentar as taxas, dizendo que a Índia "não se importa com quantas pessoas na Ucrânia estão a ser mortas pela Máquina de Guerra Russa".
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