"Nós tentámos chegar a um compromisso porque somos vizinhos", disse o líder aos jornalistas no segundo dia de confrontos.

"Se a situação piorar, pode tornar-se uma guerra, mesmo que, por enquanto, se limite a confrontos", acrescentou.

Os confrontos entre a Tailândia e o Camboja intensificaram-se esta sexta-feira, levando à retirada de mais de 138 mil civis das zonas fronteiriças tailandesas, segundo o Ministério da Saúde da Tailândia, citado pela Agência Lusa, no Notícias ao Minuto. Entre os deslocados estão também 428 pacientes transferidos de hospitais para centros de acolhimento.

O último balanço das autoridades tailandesas dá conta de 14 mortos — 13 civis e um militar. Do lado cambojano, foi confirmada a morte de um homem de 70 anos e cinco feridos, de acordo com o porta-voz da província de Oddar Meanchey, no noroeste do país.

Os combates, que começaram na quinta-feira, envolvem tiros, granadas e foguetes, concentrando-se em torno de seis zonas ao longo da fronteira. A Tailândia enviou seis aviões F-16 para atacar dois alvos militares cambojanos no solo, indicaram as suas forças armadas.

Tensão entre Tailândia e Camboja. O que está na origem do conflito?
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Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU está marcada para hoje às 15h00 (20h00 em Lisboa). O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que detém a presidência rotativa da ASEAN, pediu moderação a ambas as partes.

A fronteira entre os dois países é motivo de tensão há décadas, devido a desacordos sobre o traçado estabelecido na era colonial.