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Um estudo financiado pelo governo do Reino Unido, citado pelo The Guardian, revela que, caso não haja uma resposta coordenada e eficaz, os microrganismos resistentes — conhecidos como "superbactérias" — poderão tornar-se uma das principais causas de morte global nas próximas décadas.
A par disso, o aumento das infecções resistentes implicará internamentos mais prolongados, tratamentos mais caros e cuidados de saúde mais complexos, duplicando os custos de tratamento face às infecções comuns.
Entre os países mais afetados estarão os Estados Unidos, o Reino Unido e os membros da União Europeia, precisamente os que mais têm reduzido os seus orçamentos de ajuda ao desenvolvimento. O Reino Unido anunciou recentemente o fim do financiamento ao Fleming Fund, um programa que apoia o combate à resistência antimicrobiana em países de baixo e médio rendimento. Também os Estados Unidos, sob a administração Trump, confirmaram cortes de 9 mil milhões de dólares na ajuda externa, e França e Alemanha seguiram o mesmo caminho.
Porém, o estudo também oferece esperança. Se os países investirem adequadamente no combate às superbactérias — nomeadamente no acesso a novos antibióticos, no tratamento de qualidade e na educação pública sobre o uso racional de antibióticos — os ganhos económicos podem ser significativos.
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