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Polícia da Brigada Financeira realizaram uma busca na sede da Rassemblement National (RN) esta quarta-feira como parte de uma investigação para saber se o partido financiou diversas campanhas eleitorais via empréstimos ilegais, informou o Ministério Público de Paris na quarta-feira.
Uma investigação judicial foi aberta em 3 de julho de 2024, após vários relatos de fontes institucionais, particularmente sobre o financiamento das campanhas presidenciais e legislativas de 2022 e das eleições europeias de 2024, informou o Ministério Público.
Também foram realizadas buscas nas sedes das empresas e nas residências dos gestores dessas empresas, avançam vários meios franceses.
O presidente do partido de extrema-direita, Jordan Bardella, denunciou na rede social X uma "operação espetacular e sem precedentes" que "faz claramente parte de uma nova operação de assédio".
"Desde as 8h50 desta manhã, a sede da Rassemblement National — incluindo os escritórios dos seus líderes — está a ser alvo de uma busca realizada por cerca de vinte policiais da Brigada Financeira, armados e usando coletes à prova de balas, acompanhados por dois juízes de instrução", disse na rede social X.
Todos os e-mails, documentos e registos do partido foram apreendidos, acrescentou Jordan Bardella.
De acordo com o Ministério Público de Paris, a investigação judicial deve determinar se as campanhas presidenciais e legislativas de 2022 e as eleições europeias de 2024 "foram financiadas, em particular, via empréstimos ilegais de indivíduos que beneficiam o partido Rassemblement National ou os candidatos".
A investigação também envolve suspeitas de "cobrança excessiva de serviços ou faturação de serviços fictícios que foram posteriormente incluídos nos pedidos de reembolso de quantia única pelo Estado para despesas de campanha".
Nenhuma pessoa física ou jurídica foi acusada neste procedimento até o momento, disse a promotoria.
Recorde-se que a antiga presidente do RN, Marine Le Pen, e vários outros dirigentes do partido foram condenados em março passado pelos tribunais franceses por apropriação indevida de fundos públicos no chamado caso dos falsos assistentes parlamentares europeus da Frente Nacional.
Marine Le Pen recorreu da sentença de quatro anos de prisão, proferida em primeira instância. Na terça-feira, o Ministério Público Europeu confirmou que abriu uma investigação sobre alegações de apropriação indevida de fundos europeus pelo antigo grupo RN no Parlamento Europeu, Identidade e Democracia (ID).
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