
Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt
Profissionais de saúde no Algarve entraram em greve conjunta esta quinta-feira, 7 de agosto, denunciando uma “degradação crescente das condições de trabalho” que, segundo os sindicatos, numa nota conjunta, está a levar a pedidos de exoneração e rescisões contratuais quase diárias. Em muitos serviços, os turnos já decorrem com número reduzido de profissionais, comprometendo o funcionamento das unidades e o atendimento à população.
A mobilização junta médicos, enfermeiros e outros trabalhadores do setor, que acusam a Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve de desvalorizar a gravidade da situação. Em reação à paralisação, a ULS classificou a greve como “injusta”, desconsiderando, segundo os sindicatos, sinais evidentes de colapso: o aumento de pedidos de escusa de responsabilidade por parte das equipas e as listas de espera em vários serviços.
As estruturas sindicais sublinham que esta greve não é apenas uma luta por melhores condições laborais, mas também uma ação em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos utentes e da própria Delegação Regional de Saúde do Algarve que, alertam, poderá vir a ser extinta.
“Seria de esperar que também a Administração da ULS Algarve quisesse defender os interesses dos profissionais que nela trabalham e dos utentes que a frequentam”, pode ler-se no comunicado conjunto dos sindicatos.
A situação, dizem, está a atingir um ponto crítico. No entanto, as consequências para os utentes têm sido, até agora, mitigadas pelo “elevado sentido de responsabilidade e entrega diária” dos profissionais.
No final do comunicado, os sindicatos lançam uma questão direta: “A quem interessa a atual situação de degradação das condições de trabalho?”.
A greve decorre durante 24 horas contra o agravamento da situação nos serviços de saúde da região e abrange médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais de saúde no Algarve.
Comentários