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A equipa jurídica que apoia a Flotilha Global Sumud disse hoje que os 473 tripulantes das embarcações detidos pelas forças navais israelitas foram transferidos para a prisão de Saharonim, no deserto de Negev, no sul de Israel.

Dali, serão provavelmente deportados para os países de origem. Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, o Governo israelita pretende repatriar todos os tripulantes da flotilha "através de uma única medida de expulsão forçada”.

Assim, espera-se que sejam deportados "a bordo de dois voos fretados, na segunda-feira, 6 de outubro, e terça-feira, 7 de outubro, em duas capitais europeias diferentes” — provavelmente Londres e Madrid.

Foi ainda referido que, assim que os procedimentos de identificação dos detidos estivessem concluídos, os ativistas seriam transferidos de autocarro para o centro de detenção de Ketziot, no sul de Israel, com a possibilidade de receberem visitas consulares, o que já está em curso.

O que se sabe dos portugueses detidos?

Entre os detidos encontram-se quatro portugueses: a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

A embaixadora Helena Paiva, que já visitou os portugueses, "pôde confirmar que todos se encontravam bem de saúde apesar das condições difíceis e duras à chegada ao porto de Ashdod e no centro de detenção", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), numa nota enviada à agência Lusa.

"Não foram sujeitos a violência física, não obstante queixas várias — queixas estas que levaram a um protesto imediato por parte da embaixadora de Portugal em Israel”, é referido.

Sabe-se ainda que os portugueses foram informados dos seus direitos e da total disponibilidade da embaixada para os apoiar. Haverá nova visita consular no domingo.

Vão ser deportados?

Sim. Segundo a nota do MNE, os quatro portugueses “aceitaram ser deportados de forma voluntária e de imediato”.

Espera-se agora que sejam colocados, pelas autoridades israelitas, "nos primeiros voos disponíveis destinados à Europa, a expensas do Governo israelita", podendo sofrer atrasos devido aos feriados israelitas.

O que disse hoje o Governo sobre a flotilha?

Nas perguntas após o Conselho de Ministros, António Leitão Amaro notou que a ida de portugueses na flotilha rumo a Gaza é “um ato que é respeitável, um exercício de liberdade”.

Contudo, lembrou que todos conheciam “os riscos” e que foram “sempre acompanhados da perspetiva consular pelo Governo e pelas autoridades portuguesas”.

O ministro da Presidência notou ainda que, “à medida que foram evoluindo no território e passando para outras geografias”, os portugueses “estariam sob a alçada de outras jurisdições de outras regiões consulares”, mas que o acompanhamento “é permanente”.

Leitão Amaro frisou também que o Governo português “não deixou ele alertar sucessivamente para os riscos” e contribuiu “com alternativas” que pudessem garantir e respeitar “o exercício de liberdade e o seu exercício político”, mantendo as “condições de segurança”.

Agora que os ativistas foram detidos por Israel, o ministro garante que “naturalmente o objetivo é manter esse acompanhamento consular com vista ao repatriamento dos portugueses em condições de segurança”.

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