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A informação foi confirmada pela CNN e pela SIC Notícias junto de fonte oficial.

De acordo com o gabinete do primeiro-ministro, o Governo quer levar a discussão à Assembleia da República e ouvir também o Presidente da República sobre o assunto.

"O Governo decidiu promover a auscultação de sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Partidos Políticos com representação na Assembleia da República, com vista a considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano, num procedimento que possa ser concluído na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de setembro", anunciou o primeiro-ministro, num comunicado obtido pela Agência Lusa.

Depois disso, e caso todas as partes concordem, será possível iniciar um procedimento para concluir o processo na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de setembro.

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Em direto, numa entrevista à SIC Notícias, Paulo Rangel diz que esta decisão "ficou acordada em termos internacionais na segunda-feira" e esta decisão foi tomada em Conselho de Ministros.

"Infelizmente, a comunicação social e alguns partidos lançam informações erradas. Sempre dissemos que o reconhecimento estava em aberto", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

O Presidente da República afirmou também esta quinta-feira, numa visita à Base das Lajes, nos Açores, que "há só uma política externa" e que, por isso a ponderação sobre reconhecer o Estado da Palestina é feita “em conjunto” entre os órgãos de soberania, nomeadamente entre o Governo e a Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que "os órgãos mais relevantes intervieram" e que tem havido da parte do Executivo um "um processo muito prudente e muito sensato" tendo vivido a fase de ponderação “em conjunto com parceiros europeus e outros parceiros".

O Presidente da República diz igualmente que não se pode dizer que o governo está "alheio" ou que foi "precipitado" na decisão.

Recorde-se que Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, anunciou, esta terça-feira, que o Reino Unido reconhecerá a Palestina como um estado na reunião das Nações Unidas em setembro, a menos que Israel concorde com um cessar-fogo.

Emmanuel Macron também informou que França vai reconhecer a Palestina na mesma reunião.