De acordo com informações recolhidas pelo Jornal de Notícias, a organização tinha como objetivo ocultar lucros milionários obtidos fora do circuito fiscal. No topo da rede está um empresário de origem chinesa, apontado como o principal arquiteto do esquema, que se reunia quase diariamente com outros empresários para planear a movimentação e ocultação dos fundos.

Os valores ilícitos eram canalizados para contas bancárias e depois branqueados, causando prejuízos ao Estado avaliados em milhões de euros. A operação da PJ tem como objetivo recolher provas que possam fundamentar o processo judicial, através de diligências que decorrem não só em Vila do Conde, mas também no Porto, Gaia e outras regiões do país.

O inquérito está a ser conduzido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, e evidencia a crescente preocupação das autoridades em combater crimes económicos e financeiros, especialmente aqueles que envolvem estruturas complexas de lavagem de dinheiro. Esta ação surge no contexto de um reforço da fiscalização sobre redes que exploram lacunas legais para ocultar rendimentos e evadir impostos, protegendo assim milhões de euros que deveriam reverter para os cofres do Estado.