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"Perturba-nos profundamente a perda de capacitação do Serviço que integramos, o risco de regressão para tempos passados: com menos recursos humanos, menor diferenciação técnica e pior qualidade assistencial", alertam os médicos na carta, a que a agência Lusa teve acesso.
"Não ignorem os sinais claros de rutura iminente no SUG [Serviço de Urgência Geral], nem a desmotivação crescente e o desgaste dos elementos que continuam, com esforço e dedicação, a sustentar um dos serviços mais fustigados e desafiantes a nível nacional", lê-se na carta dirigida ao conselho de administração e responsáveis clínicos da Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra (ULSASI).
"Se a ambição da liderança do SUG e da ULSASI é desconsiderar e desconstruir aquilo que levou anos a construir, e que tanto tem feito pela Instituição e pela população que a procura, então restará apenas o desânimo e a saída", alertam.
Na mesma carta, os médicos alertam para "a ausência de uma equipa estável, com horários e carga horária compatíveis, impossibilita a existência de continuidade de cuidados e de uma verdadeira cultura de equipa. A rotatividade excessiva, a dispersão horária e a acumulação de funções em diferentes unidades desvirtuam o conceito de Serviço e comprometem seriamente a segurança dos cuidados prestados".
Quanto ao novo Hospital de Sintra , os 19 médicos afirmam que este ocorreu sem o devido reforço de recursos médicos, assistindo-se "à mobilização forçada de profissionais para este novo polo, sem informação prévia, sem negociação e sem garantir a manutenção dos cuidados mínimos no hospital de origem".
"O que nos move é a busca por desenvolvimento contínuo, por condições seguras de trabalho e, sobretudo, pela melhor assistência à população que servimos, tantas vezes em condições que consideramos que devem ser corrigidas e melhoradas", finalizam.
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