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Uma mulher polaca que afirmava ser Madeleine McCann — a menina britânica desaparecida em 2007, durante umas férias no Algarve — está a ser julgada em Leicester, no Reino Unido, acusada de perseguir e assediar os pais da criança.

Segundo o The Guardian, o tribunal ouviu esta segunda-feira que Julia Wandelt, de 24 anos, seria uma “teórica da conspiração” que, ao longo de três anos, manteve uma intensa campanha de contacto e manipulação emocional dirigida a Kate e Gerry McCann.

O procurador Michael Duck, representante da acusação, descreveu Wandelt como “uma manipuladora emocional” que “alimentou falsas esperanças” e “reavivou a dor” dos McCann, insistindo repetidamente que era a sua filha desaparecida. A acusação sublinha que a mulher “não tem qualquer ligação familiar” com a família britânica e que a prova científica a ser apresentada durante o julgamento confirmará isso sem margem para dúvida.

De acordo com o jornal britânico, Wandelt afirmou recordar-se de episódios vividos na casa dos McCann, de brincar com os irmãos de Madeleine e até de participar em momentos familiares. A procuradoria, contudo, considera que tais alegações são “completamente infundadas” e parte de um padrão de comportamento enganador.

O tribunal ouviu também que Wandelt é quase dois anos mais velha do que Madeleine seria hoje, algo que tentou justificar alegando “parecer mais nova do que a sua idade”.

Durante a sessão, a arguida, vestida com uma camisa branca, desatou a chorar e tentou sair do banco dos réus quando o procurador afirmou categoricamente que “Julia Wandelt não é Madeleine McCann”. Foi nesse momento consolada pela sua coarguida, Karen Spragg, de 61 anos, natural de Cardiff, também acusada de participar na alegada perseguição à família. Ambas negam as acusações.

O tribunal ouviu ainda que Wandelt já teria, no passado, fingido ser duas outras crianças desaparecidas: Inga Gehricke, da Alemanha, e Acacia Bishop, dos Estados Unidos. Esta última desapareceu em 2003, e a sua avó chegou a ser julgada pelo homicídio, tendo sido considerada inimputável por razões de insanidade.

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