Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

Num vídeo publicado hoje no Instagram, Mariana Mortágua relatou o dia-a-dia dos participantes da missão humanitária que segue para Gaza, rejeitando críticas que classificam a viagem como "lazer".

“Não queremos que a atenção da missão seja para a nossa experiência, mas que seja para o seu objetivo, que é chegar até Gaza e abrir um corredor humanitário”, afirmou.

Mariana Mortágua detalhou as condições a bordo — barcos pequenos e improvisados, falta de lugares abrigados para dormir, água doce racionada e espaços exíguos onde cozinhar é difícil, especialmente em caso de mau tempo.

A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil

Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.

Assine a nova newsletter do 24notícias aqui

“A maior parte das pessoas não dorme nem em camas nem em sítios abrigados. Dorme no convés, no saco de cama, como der”, contou.

Apesar das dificuldades, a deputada reforçou que a missão não é feita por sacrifício ou por entretenimento.

“Não o fazemos com nenhum sacrifício, nem como se fosse uma pena... acreditamos que vai ser possível furar o cerco e que vale a pena furar o cerco”, concluiu.

O vídeo pretende esclarecer a opinião pública sobre a verdadeira natureza da missão e os desafios enfrentados pelos voluntários em alto-mar.

“Isto é político, o que não significa que não seja humanitário”

Também o ativista Miguel Duarte publicou um vídeo no Instagram, onde anunciou que o barco da missão humanitária deverá chegar a Tunes em breve.

Miguel Duarte aproveitou para esclarecer o caráter político da iniciativa, após críticas que diz ter recebido.

“Isto é político, o que não significa que não seja humanitário”, afirmou Miguel Duarte, destacando que a missão visa denunciar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas em Gaza.

O ativista afirmou que a “fome e o genocídio” na região são consequências de decisões políticas do Estado de Israel, apoiadas pelos Estados Unidos e por vários países europeus.

Flotilha internacional a caminho de Gaza, com portugueses a bordo. O que se sabe?
Flotilha internacional a caminho de Gaza, com portugueses a bordo. O que se sabe?
Ver artigo

Miguel Duarte acrescentou que, embora a ajuda humanitária seja essencial, ela por si só não resolve os problemas estruturais na região.

“São forças políticas que fizeram com que isto acontecesse”, sublinhou, reiterando o caráter político e humanitário da missão.