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Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, acusou o Executivo de Luís Montenegro de estar "enrolado na propaganda" e de agir com "pressa", apontando como exemplo a inclusão de medidas como a privatização da TAP e alterações ao IRC no pacote legislativo sobre imigração. Considerou ainda que a nova lei foi "feita à pressa", com "atropelos formais" e conteúdos "inconstitucionais", embora tenha evitado antecipar a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa sobre um eventual envio da lei para o Tribunal Constitucional.
Também Mariana Leitão, líder da Iniciativa Liberal, criticou fortemente o processo legislativo, descrevendo-o como “muitíssimo mal conduzido pelo Governo”, com entidades legalmente obrigatórias a não serem ouvidas. Afirmou que, caso o Presidente opte por pedir a fiscalização da lei, a IL será “solidária” com essa decisão. Defendeu que legislar sobre matérias que mexem com direitos, liberdades e garantias exige rigor, transparência e respeito pelos procedimentos democráticos. A alegada urgência, argumenta, pode ter sido contraproducente: “Se o processo tivesse sido bem conduzido, até teríamos poupado tempo”.
Ambas as forças políticas sublinham que a forma como o Governo avançou com esta legislação levanta sérias dúvidas quanto à sua constitucionalidade e legitimidade democrática, defendendo a necessidade de um escrutínio mais aprofundado.
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