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Importa lembrar que a Casa Branca congelou os fundos, exigindo mudanças profundas nas práticas da universidade em matérias de contratação, admissões e ensino, com o objetivo de combater o antissemitismo e eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). Além disso, foram impostas restrições ao acesso de Harvard ao sistema de vistos para estudantes estrangeiros.
Em resposta, Harvard avançou com vários processos judiciais e está agora a pedir uma decisão sumária — uma deliberação rápida baseada nos factos já estabelecidos, sem necessidade de julgamento completo. A audiência será presidida pela juíza Allison Burroughs, que anteriormente já deu razão à universidade num processo relacionado com vistos. Harvard solicita uma decisão até 3 de setembro, prazo imposto pela administração para encerrar os compromissos financeiros associados aos subsídios, conta a BBC.
A universidade alega que a Casa Branca está a violar a Primeira Emenda da Constituição dos EUA ao interferir com a liberdade académica, e acusa o governo de agir de forma punitiva e sem justificações coerentes. O Departamento de Justiça contra-argumenta que os subsídios federais implicam condições explícitas que, se não forem cumpridas, permitem o seu cancelamento. O governo pretende ainda que o caso seja transferido para o Tribunal Federal de Reclamações, que trata apenas de disputas financeiras com o Estado.
Donald Trump afirmou que esta ofensiva poderá fazer parte de uma estratégia de negociação, e acredita que será possível alcançar um acordo. Entretanto, a pressão sobre as universidades de elite continua: além de Harvard, Columbia já cedeu a algumas exigências, e outras instituições estão sob ameaça de perder acreditação ou isenção fiscal.
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