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Em entrevista à Al Jazeera, Mohamed Nazzal, dirigente do movimento islamita palestiniano, garantiu que a resposta “não será adiada”, sublinhando, no entanto, que o Hamas “não aceita ameaças, ditames ou pressões” e que qualquer decisão terá em conta os interesses estratégicos e políticos dos palestinianos.
Segundo Nazzal, o plano, recebido na segunda-feira, levanta várias reservas e não poderá ser entendido como uma renúncia aos direitos palestinianos. Já o líder da ala militar do Hamas em Gaza, Izz al-Din al-Haddad, transmitiu a mediadores para um cessar-fogo que rejeita a proposta, por acreditar que esta visa eliminar o movimento, independentemente da sua posição.
O plano de 20 pontos de Trump, já aceite por Israel, prevê o desarmamento do Hamas e a sua exclusão do futuro governo de Gaza. No entanto, a BBC avançou que parte da liderança política do movimento, no Qatar, admitiria aceitar a proposta com ajustes, embora a sua influência seja limitada, já que não controla os reféns ainda em cativeiro. Calcula-se que o grupo mantenha 48 reféns, dos quais apenas 20 estarão vivos.
De acordo com a estação britânica, há também receios de que Israel retome operações militares após a libertação dos reféns, apesar das garantias norte-americanas, e oposição dentro do Hamas ao envio de uma “Força Internacional de Estabilização temporária”, vista como forma de ocupação.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reforçou entretanto que as forças israelitas poderão permanecer em Gaza e rejeitou um Estado palestiniano, contrariando os termos do plano norte-americano, que aponta para a retirada militar israelita e a possibilidade de um caminho para a autodeterminação palestiniana.
Segundo as autoridades locais, a guerra em Gaza já provocou mais de 66 mil mortos e cerca de 169 mil feridos, a maioria civis, números considerados credíveis pela ONU.
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