Acompanhe toda a atualidade informativa em 24noticias.sapo.pt

A prioridade do presidente norte-americano é desenhar um plano de cessar-fogo de 21 pontos para Gaza que exija a libertação imediata de todos os reféns.

Israel recusa a envolvência do Hamas na governação futura da Palestina e desresponsabiliza-se da destruição do território. Apesar do foco ser a devolução de reféns, especialistas temem quue o fim da guerra e da violência esteja longe.

A administração norte-americana pensa o contrário. A porta-voz do governo dos EUA, Karoline Leavitt, disse, antes da reunião, estarem "muito próximos de um acordo". Trump acredita que "todos querem chegar a um acordo" e que espera finalizá-lo esta segunda, em entrevista à agência de notícias Reuters.

Também os familiares dos reféns pedem um cessar-fogo e protestam em Telavive, em prol do fim da guerra.

Hoje, o exército israelita voltou a bombardear Gaza.

Trump põe a hipótese de regresso do controlo palestiniano sobre Gaza e Cisjordânia

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, afirmou esta semana que Donald Trump quer ver a Faixa de Gaza e a Cisjordânia sob administração palestiniana assim que os combates terminem. A ideia, segundo declarou à Fox News, passa por garantir que essas regiões sejam governadas por quem lá vive, desde que sejam desmanteladas as redes armadas que ameaçam civis israelitas.

Esta posição marca uma mudança face a declarações anteriores de Trump, que sugeriam a deslocação da população palestiniana e a reconstrução da zona como um destino turístico.

De acordo com a BBC, a Casa Branca propôs que Gaza seja inicialmente gerida por uma autoridade transitória com apoio da ONU e de países do Golfo, antes de ser entregue aos palestinianos. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair é apontado como possível líder desse organismo.

Trump, que recentemente participou na Assembleia Geral da ONU, terá garantido a vários líderes árabes que não permitirá a anexação da Cisjordânia por parte de Israel — uma ocupação considerada ilegal por instâncias internacionais.

Apesar do cenário ainda instável, JD Vance disse acreditar que os EUA estão "perto de alcançar algo significativo" na região. Trump reforçou essa ideia nas redes sociais, dizendo estar a trabalhar em "algo especial para o Médio Oriente".

Entretanto, Trump continua a pedir a libertação imediata de todos os reféns ainda mantidos em Gaza pelo Hamas. Estima-se que restem 48 pessoas sequestradas, das quais cerca de 20 estarão vivas.

Este segunda-feira, espera-se uma resposta definitiva para o futuro de Gaza, que está ainda a ser negociada em reunião com Netanyahu.

A ofensiva israelita em Gaza já provocou mais de 66 mil mortos, entre os quais mais de 19 mil crianças, de acordo com dados de organismos internacionais. O ataque do Hamas, em outubro do ano passado, causou cerca de 1.200 vítimas mortais, a maioria civis. Crescem as críticas internacionais à resposta militar israelita, que muitos classificam como desproporcionada ou mesmo genocida.

Avanços nas negociações: Netanyahu pede desculpa ao primeiro-ministro do Qatar por ataque em Doha

O primeiro-ministro israelita terá apresentado um pedido de desculpas ao seu homólogo do Qatar, após um ataque ocorrido em Doha, segundo avançou uma fonte próxima do chefe de governo israelita à agência Reuters.

O contacto telefónico aconteceu a partir da Casa Branca, e, de acordo com outra fonte, com conhecimento direto das negociações, uma equipa técnica do Qatar encontra-se igualmente em Washington no âmbito destas conversações.

O primeiro-ministro do Qatar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, recebeu o telefonema num momento considerado sensível nas relações entre os dois países, com os Estados Unidos a tentar manter canais diplomáticos abertos no contexto da crescente tensão na região.

Conferência de Imprensa: Trump apresenta plano de paz aos jornalistas

"É um grande dia", começa o presidente norte-americano, que não avança para um acordo de cessar-fogo. Segundo Donald Trump, os países do Médio Oriente e a União Europeia estiveram envolvidos nas negociações, que se concretizam na apresentação de um plano que visa "o fim da morte e destruição", aprovado por Israel.

"Se a situação não fosse tão complexa, já estava resolvida há muito tempo", defende Trump. "Deve-se principalmente ao trabalho de grandes homens, e algumas mulheres - mas tendem a ser principalmente homens", comenta, com arrogância.

O plano prevê a libertação de todos os refés imediatamente e a desmilitarização de Gaza, pela "destruição de todas as instalações e retirada do poder do Hamas". "Acho que o Hamas também quer isto, o que é bom", diz.

Trump acredita que cabe ao Hamas acreditar um plano de paz, "de um conflito que dura há milhares de anos". E acrescenta: "É um plano para a eternidade".

O presidente Donald Trump vai ser responsável pela gestão de um Comité de Paz, do qual vai também fazer parte Tony Blair e membros de países do Médio Oriente. Este comité ficará também encarregue de trabalhar com a Autoridade Palestiniana na reconstrução do território destruído.

Enquanto Israel lida com um processo por crimes de Guerra no Tribunal Internacional, Trump descreve Netanyahu como "um guerreiro", que quer "o regresso dos reféns israelitas e acabar com décadas de sofrimento".

"Está na altura de deixar os palestinianos decidirem o seu futuro, sem a pressão do Hamas", defende.

Israel: "Trump é o melhor amigo que os israelitas tiveram na Casa Branca"

Netanyahu começa o seu discurso com um enorme elogio a Donald Trump. E acrescenta: "Estamos a dar grandes passos para a paz em Gaza e no Médio Oriente".

"Estamos também a garantir que Gaza nunca mais seja uma ameaça para Isrrael", refere. Netanyahu parabeniza os "corajosos" miliitares israelitas, "que lutam como leões", e lembra o sucesso na anulação do poder nuclear do Irão. Esta informação nunca foi confirmada.

"Vamos ter todos os reféns de volta em 72 horas, seguido do estabelicimento de um comité internacional", anuncia. "Estamos a dar uma oportunidade de resolver isto de forma pacífica, mas se o Hamas não colaborar, Israel vai resolver isto pelas suas próprias mãos", ameaça.

Netanyahu defende ainda que a Autoridade Palestiniana não pode governar sem uma "desmiliitarização profunda", o que a maioria dos israelitas acredita ser um "milagre pouco provável".

__

A sua newsletter de sempre, agora ainda mais útil

Com o lançamento da nova marca de informação 24notícias, estamos a mudar a plataforma de newsletters, aproveitando para reforçar a informação que os leitores mais valorizam: a que lhes é útil, ajuda a tomar decisões e a entender o mundo.

Assine a nova newsletter do 24notícias aqui.