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Portugal acordou hoje com uma Greve Geral que deixou muitas pessoas em casa e parou muitos serviços. Há quem fale em adesão história, mas o Governo desvalorizou.
O que dizem os sindicatos?
A CGPT considerou que a adesão à greve geral foi histórica, salientando que esta posição dos trabalhadores mostra o descontentamento com "o rumo e falta de respostas" do Governo. Tiago Oliveira, junto ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, lembrou que o país está em pleno emprego e em crescimento, mas o Governo de Luís Montenegro quer aplicar "a mesmo receita da troika", que motivou a última greve geral, há 12 anos. "A questão central é o ataque aos trabalhadores", sublinhou Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP.
Já o líder da UGT, Mário Mourão, sublinhou que “a greve teve resultados muito positivos, acima daquilo que era a expetativa que tínhamos”.
E o Governo, o que diz?
Na saída do Conselho de Ministros realizado, esta quinta-feira, Luís Montenegro afirmou que a parte minoritária do país é que estava a exercer o seu "legítimo direito à greve."
"O país está a trabalhar, e uma parte está a exercer o legítimo direito à greve. No entanto, essa parte é minoritária; a grande maioria continua a trabalhar. E nós também estamos a trabalhar", afirmou o primeiro-ministro.
António Leitão Amaro, ministro da Presidência, também afirmou que "a esmagadora maioria do país está a trabalhar", referindo que "esta parece mais uma greve da função pública, uma greve parcial em alguns setores da função pública".
"O nível de adesão no conjunto do país à greve geral é inexpressivo, em particular no setor privado e social", considerou Leitão Amaro.
Poderá haver nova Greve Geral?
Sim. O secretário-geral da UGT, Mário Mourão, afirmou hoje que a central sindical está “totalmente disponível” para retomar as negociações com o Governo já a partir de sexta-feira, mas advertiu que a hipótese de nova paralisação “nunca pode estar excluída”, admitindo mesmo a possibilidade de uma segunda greve geral caso o diálogo não evolua.
"A greve nunca pode estar excluída quando estamos a negociar, mas não está neste momento prevista nem pensada. A decisão será sempre dos sindicatos da UGT. Se as coisas não correrem bem, vamos naturalmente ouvir os nossos sindicatos e os órgãos da UGT para saber o caminho a percorrer", salienta.
Mourão apelou ainda ao Governo para "começar de novo" o processo negocial, acusando o Executivo de não ter demonstrado, até agora, uma "vontade sincera" de diálogo.
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