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De 25 a 27 de julho os olhos estão postos no lendário circuito de Spa‑Francorchamps, que acolhe a F1 desde 1950 e é conhecido pela famosa e vertiginosa combinação Eau Rouge‑Raidillon, que chega a ser ultrapassada a 300 km/h, e pelo clima imprevisível que já deu origem a chuva intensa e situações dramáticas.

Na 13ª ronda do calendário, Spa apresenta um circuito de 7,004 km, o mais longo do campeonato. A volta de corrida estabelecida por Sergio Pérez em 2024 é de 1min 44,701s, embora Lewis Hamilton tenha alcançado um tempo de 1min 41,252s na qualificação.

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Quem vai à frente?

A McLaren lidera a temporada com Oscar Piastri no topo da classificação, apenas oito pontos à frente do seu colega de equipa Lando Norris, após os triunfos consecutivos na Áustria e em Silverstone. A vitória no GP britânico reduziu uma vantagem de 22 pontos de Piastri para apenas oito, reacendendo a disputa interna pelo título. Na única sessão de treinos livres em Spa, foi Piastri quem dominou com 1min42,022s.

Como estão as contas?

Na Qualificação Sprint, realizada esta sexta-feira, Piastri assegurou a pole com 1min 40,510s, superando Max Verstappen e Norris e ainda estabeleceu um novo recorde não-oficial de volta em F1 no traçado belga .

Piastri, assim, chega à Bélgica com motivação extra depois de um fim de semana frustrante em Silverstone, onde uma penalização de 10 segundos o afastou da luta pelo pódio. No entanto, o piloto australiano respondeu com força ao conquistar a pole para a Sprint deste sábado, batendo Verstappen e o próprio Norris com autoridade,  uma indicação clara de que a disputa dentro da McLaren está ao rubro.

A McLaren mantém-se como a referência do pelotão, com o melhor equilíbrio entre desempenho em seco e húmido, algo particularmente importante em Spa, onde as condições meteorológicas são notoriamente imprevisíveis. A grande questão é se a equipa de Woking conseguirá gerir a rivalidade interna sem comprometer os resultados.

A Ferrari, com Lewis Hamilton a terminar em P4 em Silverstone, deu sinais positivos, mas ainda sem a consistência necessária para se afirmar como ameaça real à McLaren. A expectativa é de que voltem a estar perto do pódio este fim de semana, especialmente se as condições de corrida forem mais estáveis.

A Mercedes, atualmente em terceiro no Campeonato de Construtores, espera que as temperaturas mais frescas de Spa joguem a seu favor, dado que o W16 tem demonstrado melhor desempenho em condições mais frias. A equipa ainda carrega a memória amarga da desclassificação de George Russell em Spa no ano passado – depois de uma vitória na pista – e terá motivação redobrada para regressar aos lugares cimeiros.

Na Red Bull, o foco está dividido entre a pista e os bastidores: a saída de Christian Horner do cargo de chefe de equipa continua a dominar a narrativa fora do asfalto. Max Verstappen, que já venceu três vezes em Spa, não teve vida fácil nos últimos fins de semana e precisará de um desempenho sólido para manter vivas as aspirações ao título.

No meio do pelotão, a luta está ao rubro. O pódio de Nico Hülkenberg em Silverstone reavivou as esperanças da Kick Sauber, que se aproximou perigosamente da Williams na classificação de Construtores. Spa poderá ser um teste importante à capacidade da equipa manter esse nível, numa pista que favorece carros com boa velocidade de ponta e estabilidade em curvas rápidas, segundo o site oficial da F1.

Que tempo esperar?

Como habitualmente em Spa, o fim-de-semana será afetado por condições meteorológicas variáveis, isto é instabilidade, céu nublado e possibilidade de chuva a qualquer momento.

Para sábado, 26 de julho, quando se realizam a Sprint e a Qualificação, a previsão aponta para um dia parcialmente nublado, com períodos de sol e uma ligeira possibilidade de aguaceiros durante a tarde. As temperaturas devem variar entre os 13 °C e os 22 °C, com uma brisa leve proveniente de noroeste. A probabilidade de chuva ronda os 20 a 45%, dependendo da fonte, o que significa que, embora não se espere um dilúvio, as equipas não podem descartar completamente a interferência do tempo. Ainda assim, é considerado o dia mais estável do fim de semana, o que poderá favorecer sessões mais previsíveis, embora com margem para surpresas se houver mesmo precipitação em momentos-chave.

Já para domingo, 27 de julho, o dia da corrida, a incerteza aumenta. A previsão meteorológica aponta para um início de dia com alternância entre nuvens e sol, mas com a possibilidade de aguaceiros ligeiros e intermitentes a crescer ao longo da tarde – precisamente na janela da corrida. As temperaturas oscilarão entre os 11 °C e os 22 °C, com uma probabilidade de chuva a rondar os 60%. O vento continuará leve, vindo de noroeste. Estas condições podem tornar a corrida altamente estratégica, obrigando as equipas a decisões difíceis quanto ao momento de trocar de pneus ou reagir a alterações rápidas no estado da pista.

Em suma, sábado deverá permitir sessões relativamente limpas, mas com potencial para surpresas caso a chuva apareça. Já domingo poderá ser marcado pela imprevisibilidade que Spa tão bem conhece, com uma corrida em que a gestão meteorológica e a leitura da pista poderão ser tão importantes como a velocidade pura.

Escolha de pneus

Além da luta pelo título, cada curva e estratégia de pneus poderá ser decisiva: a Pirelli escolheu os compostos médios (C3) e macios (C4) para o fim‑de‑semana, com uma estratégia previsível de dois pit‑stops num fim‑de‑semana com Sprint que limita o tempo de treino e os pneus disponíveis.

E fora da pista?

Em termos técnicos, o pelotão debate alterações e rumores de mercado, incluindo especulação sobre um eventual regresso de Max Verstappen à Mercedes, embora Toto Wolff tenha desvalorizado a ideia, afirmando que a prioridade da equipa para 2026 é manter George Russell e Kimi Antonelli.