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A flotilha Global Sumud, que se propõe levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foi alvo de explosões e vários drones na noite de terça-feira, 23 de setembro, enquanto navegava ao largo da Grécia, denunciaram os organizadores.

“Vários drones, objetos não identificados lançados, comunicações bloqueadas e explosões foram ouvidas de vários barcos”, explicou a flotilha em comunicado citado pela agência AFP, no Diário de Notícias.

“Estamos a testemunhar estas operações psicológicas em primeira mão, mas não seremos intimidados”, acrescentou a mesma fonte.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que segue na flotilha, partilhou um vídeo dessas explosões nas redes sociais.

A flotilha partiu na semana passada da Tunísia, após vários adiamentos relacionados com segurança, preparação dos barcos e condições meteorológicas. Os navios pretendem chegar a Gaza para entregar ajuda humanitária e “quebrar o bloqueio israelita”, depois de duas tentativas anteriores terem sido impedidas por Israel em junho e julho.

Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que não permitirá a entrada de navios em “zona de combate ativa” nem a violação de um bloqueio naval legal. O país sugeriu que a ajuda humanitária seja descarregada no porto de Ascalon e transferida de forma coordenada para Gaza, proposta que a flotilha rejeitou.

No domingo, a Global Sumud já havia denunciado a presença de múltiplos drones próximos aos navios, que navegam em águas internacionais em direção à Faixa de Gaza.

A iniciativa reúne cerca de 300 voluntários de 44 países, incluindo ativistas, políticos, jornalistas e médicos. Entre os participantes estão a portuguesa Mariana Mortágua, o ativista Miguel Duarte, a atriz Sofia Aparício e a ativista ambiental sueca Greta Thunberg. Trata-se da maior flotilha organizada até à data, destinada a levar ajuda humanitária e denunciar o cerco israelita ao enclave palestiniano.

Em agosto, as Nações Unidas declararam estado de fome em parte da Faixa de Gaza, região marcada pela guerra iniciada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns. A retaliação de Israel já causou mais de 65 mil mortos, destruiu quase todas as infraestruturas de Gaza e deslocou centenas de milhares de pessoas. Mais de 400 pessoas morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.

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