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O italiano Tony La Piccirella, um dos ativistas a bordo, revelou que os navios estão “a cerca de 200 milhas da costa de Gaza” e confirmou que o navio de escolta da Marinha italiana, o Alpino, se retirará esta noite. “Avançaremos mesmo assim, entraremos na zona de interceção”, afirmou à agência ANSA.
A Flotilha Global Sumud, que partiu de Barcelona no início de setembro, reúne cerca de 500 participantes entre os quais ativistas, políticos, médicos e jornalistas de mais de 40 países. Entre os portugueses a bordo estão Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.
O objetivo da missão é romper simbolicamente o bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza e entregar ajuda humanitária à população palestiniana. No entanto, as autoridades italianas já avisaram que, ao deixarem águas internacionais, os navios não estarão mais sob proteção oficial da Marinha italiana.
O ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto, transmitiu aos representantes da missão que persistir no trajeto pode ter “consequências graves” e defendeu que há alternativas seguras para fazer chegar ajuda humanitária, como a via marítima a partir de Chipre, uma sugestão que os ativistas rejeitam por a considerarem insuficiente.
Portugal não disponibilizou apoio militar à iniciativa, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, informou que os cidadãos portugueses poderão solicitar assistência humanitária ou consular às embarcações italianas próximas.
A flotilha rejeitou ainda acusações feitas por Israel, que alega que a missão estaria ligada ao Hamas. Maria Elena Delia, porta-voz da iniciativa, negou qualquer ligação ao grupo e classificou os documentos divulgados por Israel como “propaganda política”. “Não há qualquer prova de envolvimento do Hamas. Este tipo de manobra repete o padrão de 2010, com o caso do Mavi Marmara. A nossa missão é civil, pacífica e transparente”, afirmou.
A referência ao Mavi Marmara remete para um episódio ocorrido em 2010, quando forças israelitas atacaram uma flotilha humanitária em águas internacionais, resultando na morte de nove ativistas e dezenas de feridos. O caso foi amplamente condenado à época e continua a ser recordado como símbolo da tensão em torno do bloqueio a Gaza.
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