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De acordo com a Euronews, a Flotilha encontra-se a cerca de 400 milhas de Gaza e deverá aproximar-se da zona de interceção israelita dentro de quatro dias. O porta-voz Tony La Piccirella, antigo tripulante do barco Handala que tentou chegar aos territórios palestinianos em julho passado, afirmou que a bordo seguem jornalistas e médicos internacionais, sublinhando o caráter pacífico da missão.
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Navios da UE limitados ao salvamento
Navios militares europeus, como a fragata italiana Alpino e o navio espanhol Furor, acompanham à distância a Flotilha. Contudo, de acordo com a Euronews, estes meios têm apenas missões humanitárias e de salvamento, não podendo responder a ataques das forças israelitas, exceto em casos de autodefesa e mediante autorização governamental.
Fontes militares, citadas pelo jornal jornal The Objective, confirmaram que o Furor não tem autorização para entrar nas 12 milhas náuticas ao largo de Gaza, que se estendem ao longo dos 40 quilómetros de costa entre Gaza e o Mediterrâneo, zona declarada por Israel como “área de guerra ativa” e controlada pela sua Marinha.
O único cenário que fontes militares descrevem como altamente improvável e que envolve o Furor abrir fogo contra Israel é o de autodefesa. Se Israel atacasse abertamente o navio, este poderia responder, mas sempre após autorização de fontes governamentais.
Sabe-se ainda que o Furor está equipado com armas e tecnologia israelitas. De acordo com o caderno de encargos público do navio, este tem a bordo canhões automáticos MK-38 de 25 mm, fabricados pela empresa britânica BAE Systems e pela empresa israelita Rafael, uma das principais empresas de armamento do país.
Debate político em Itália
A porta-voz italiana da Flotilha, Maria Elena Delia, revelou que os barcos foram monitorizados por drones em noites anteriores, mas sem registo de ataques. Entretanto, regressou a Itália após pressões do governo de Giorgia Meloni, que defendia a entrega da ajuda no Chipre para posterior transporte terrestre.
O tema está também a marcar o debate político italiano. Representantes da Flotilha vão reunir-se com figuras da oposição, incluindo Elly Schlein (Partido Democrático) e Giuseppe Conte (Movimento 5 Estrelas). Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, assegurou que a unidade de crise acompanha a situação e destacou que a Marinha italiana não ultrapassará os limites definidos pela Marinha israelita.
Israel insiste que a ajuda deve ser descarregada no porto de Ashkelon, e avisa que recorrerá a “todas as medidas necessárias” para impedir a chegada da Flotilha a Gaza.
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