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Em comunicado, a FEPODABES critica o facto de o IPST estar a promover uma campanha direcionada a jovens entre os 18 e os 30 anos, oferecendo estadas em pousadas da juventude, enquanto “tem dois pesos e duas medidas para os dadores de sangue”. A iniciativa vai decorrer entre 11 e 16 de agosto.
Alberto Mota, presidente da federação, recorda que cerca de 7600 dadores entregaram na Assembleia da República uma petição para restabelecer o direito à dispensa de serviço no dia da dádiva de sangue. Durante uma audição no Parlamento, o IPST afirmou que “desconhecia que em Portugal tenha existido em algum momento legislação ou regulamento que previsse de forma genérica e transversal que o dador de sangue tivesse direito ao dia em que dava sangue”, algo que a FEPODABES contesta, considerando essa afirmação “não verdadeira”.
O IPST referiu ainda que “uma dádiva é considerada voluntária e não remunerada se a pessoa em causa der sangue, plasma ou componentes celulares de livre vontade e não receber nenhuma remuneração sob a forma de dinheiro ou sob outra forma que possa ser considerada uma substituição de dinheiro”. Esta interpretação, segundo a FEPODABES, “não é aceite” e revela uma atitude inaceitável perante os dadores.
A federação lamenta ainda que as suas propostas de alargamento dos horários de colheita (por regra até às 13h00) até às 21h00, durante o verão, tenham sido rejeitadas por quase todas as unidades hospitalares, à exceção do Hospital de Santa Maria, Hospital de São José e Centro de Sangue e da Transplantação de Lisboa. A Unidade Local de Sangue do Algarve aceitou manter o serviço aberto até às 19h00, horário que a FEPODABES considera “pouco favorável dado as temperaturas de muito calor que fazem com que os dadores estejam até mais tarde nas praias”.
Segundo Alberto Mota, “continuamos a assistir a um IPST, IP que se afasta do movimento voluntário da dádiva de sangue e que apresenta campanhas com pouca produtividade”. Para a federação, “talvez esteja na hora da tutela fazer algo no sentido de pôr ordem neste instituto”.
A FEPODABES reitera que “está na hora do Ministério da Saúde acautelar e alterar o atual momento da dádiva de sangue, ouvindo os parceiros do movimento voluntário da dádiva de sangue e os próprios hospitais”.
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