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Em frente à Câmara Municipal de Berlim, iranianos no exílio, apoiantes do Conselho Nacional de Resistência do Irão e cidadãos alemães exibiram bandeiras da resistência e uma efígie insuflável do líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, segurando uma bomba nuclear.
Um ‘stand’ exibia fotografias de vítimas executadas pelo regime iraniano.
Segundo o Conselho Nacional da Resistência, pelo menos 1.400 pessoas foram executadas no Irão desde julho de 2024, incluindo prisioneiros políticos e mulheres.
Durante a manifestação por um Irão livre, que decorreu sob o lema “Não ao apaziguamento, não à guerra – sim à mudança de regime pelo povo iraniano e pela resistência”, os participantes apoiaram a chamada “terceira opção” proposta há anos por Maryam Rajavi, presidente eleita da resistência iraniana no exílio.
“A nossa mensagem é clara: a resistência do povo iraniano pela liberdade deve ser reconhecida. Dizemos não ao apaziguamento e à salvação do regime dos ‘mullahs’ [título dado a clérigos islâmicos], e não à guerra”, foi a mensagem de Rajavi aos manifestantes.
Em vez disso, “existe uma terceira opção: a mudança de regime por parte do povo e a resistência iraniana organizada”, acrescentou.
“A mudança democrática é a vontade do povo iraniano e o veredito da história”, reforçou.
A resistência iraniana no exílio defende a criação de uma república democrática não nuclear, baseada na separação entre a religião e o Estado, na igualdade entre homens e mulheres, no respeito pelos direitos de todas as nacionalidades, num sistema judicial independente e na abolição da pena de morte, insistiu, citada pela EFE.
Os participantes na manifestação apelaram aos governos europeus para que condicionem todas as relações com o regime iraniano à abolição das penas de morte, em particular dos presos políticos, para que travem a escalada nuclear do regime e para que imponham a responsabilidade internacional.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez centenas de mortos e milhares de feridos.
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