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A Venezuela encontra-se praticamente sem ligações aéreas internacionais após várias companhias suspenderem voos por motivos de segurança, na sequência do envio de tropas norte-americanas para a região das Caraíbas.

As transportadoras Boliviana de Aviación e Satena (Colômbia) cancelaram os voos para Caracas, enquanto a Copa Airlines e a Wingo prolongaram até 12 de dezembro a interrupção das operações, todas invocando razões de segurança.

Estas suspensões juntam-se às já impostas por empresas como Iberia, TAP, Avianca, GOL, Latam, Air Europa, Turkish Airlines e Plus Ultra. As autoridades venezuelanas reagiram acusando as companhias de “se juntarem às ações de terrorismo de Estado” dos Estados Unidos e revogaram as respetivas licenças.

O atual isolamento aéreo começou após um aviso da autoridade aeronáutica norte-americana, que alertou os pilotos para “extrema cautela” devido ao agravamento da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na região. Donald Trump reforçou o alerta, afirmando na plataforma Truth Social que o espaço aéreo “acima e ao redor da Venezuela está totalmente fechado”.

Embora o anúncio não configure um encerramento formal do espaço aéreo, especialistas citados pela AFP afirmam que, “na prática, está fechado”. O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusa Washington de tentar derrubá-lo e de desejar apoderar-se do petróleo do país.

Apesar das restrições, continuam a chegar ao país voos com migrantes expulsos dos Estados Unidos. Já no terminal doméstico, a operação mantém-se normal, com cerca de 80 voos diários. O rastreamento no Flightradar mostra um espaço aéreo venezuelano quase vazio, contrastando com a atividade dos países vizinhos — uma situação que especialistas descrevem como resultado de “precaução e responsabilidade” perante os alertas internacionais.

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